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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Campanhas ambientais já afugentam investimentos dos combustíveis fósseis

Certas indústrias enfrentam sérios problemas de reputação, geralmente merecidos, como o Tabaco, por exemplo.
Campanhas de conscientização sobre os males do cigarro, que ganharam força nos anos 1980, resultaram na fuga dos investimentos nas empresas do setor (veja gráfico ao lado).

Agora, uma pesquisa revela que o mesmo já pode ser percebido com relação às grandes companhias de petróleo, carvão e gás natural, com cada vez mais instituições e fundos de investimento as retirando de seus portfólios.

Um desses casos foi divulgado em julho deste ano, quando o Banco Mundial anunciou que financiará projetos de carvão apenas em casos extremos.

Além disso, uma pesquisa global, divulgada em agosto, com fundos de pensão como o California Public Employees’ Retirement System (CalPERS) e o PGGM, que juntos possuem bilhões de dólares em recursos, mostrou que 40% deles já alteraram a direção, pelo menos uma vez, de investimentos em commodities devido aos riscos climáticos.

Segundo o estudo divulgado nesta terça-feira (8) pela Smith School of Enterprise and the Environment (SSEE) da Universidade de Oxford, 41 instituições aderiram desde 2010 a medidas semelhantes contra toda a indústria de combustíveis fósseis motivadas por campanhas ambientais e climáticas.

“É crescente a incerteza sobre o futuro das companhias de combustíveis fósseis devido a essa estigmatização. A campanha de desinvestimento aumentará a incerteza legislativa e potencialmente levará a prejuízos permanentes no valor das empresas”, afirmam os autores.

O estudo deixa claro que essas companhias não estão nem de perto ameaçadas de falir devido ao desinvestimento, já que, além de possuírem enorme capital, outros investidores acabarão sendo atraídos por potenciais quedas nos preços das ações, mesmo que mínimas.

Apesar disso, os autores salientam que o processo de desinvestimento deve ser levado a sério e considerado nas projeções de desenvolvimento futuro.

“O resultado final da estigmatização, que já está em andamento nas companhias de combustíveis fósseis, representa uma ameaça muito maior para essas empresas em longo prazo do que a simples não captação de investimentos”, explica o estudo.

“Assim como em indivíduos, o estigma pode produzir consequências negativas para uma organização. Por exemplo, empresas que sejam constantemente citadas na imprensa relacionadas a uma imagem ruim acabam afugentando fornecedores, empregados e clientes”, completa.

Fonte: Mercado Ético

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