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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

GINK: Pessoas com inclinação verde e sem filhos, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

O acrônimo GINK (Green Inclinations No Kids) é um termo utilizado pela escritora norte-americana Lisa Hymas para descrever as pessoas com inclinação verde (ecológica) e sem filhos. Também se usa GINC (Green Inclinations No Children). O termo é uma analogia ao acrônimo, já muito utilizado, DINK (Double Income No Kids) ou DINC (Double Income No Children; em português: Duplo Ingresso Nenhuma Criança).


Segundo Lisa Hymas, o termo GINK é uma forma provocativa que ela encontrou para denunciar a insustentabilidade ambiental da população dos Estados Unidos. Ela fez um manifesto defendendo a opção de não ter criança e ser uma mulher sem filho (childless) ou livre de filhos (childfree). O termo childfree vem sendo utilizado como uma forma de desestigmatizar a opção por uma vida sem filhos, já que a expressão childless pode ter uma conotação de ausência ou falta involuntária.

Ela afirma que gosta de crianças, que alguns de seus melhores amigos são pais (ou mães) e que a sociedade dá muitos incentivos à maternidade. Porém, uma vida sem filhos tem vantagens pessoais e faz bem para o meio ambiente, especialmente agora em que temos um planeta cada vez mais lotado e poluído. A concentração de CO2 na atmosfera já ultrapassou 400 partes por milhão (ppm) e os norte-americanos estão entre as pessoas com maior emissão per capita do mundo.

Segundo Lisa Hymas, ações como viver em uma casa energeticamente eficiente, andar a pé ou de bicicleta, usar transporte público quando possível; andar menos de avião, reduzir o consumo, trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LEDs, etc, sem dúvida, ajudam a conservação dos ecossistemas. Mas mesmo considerando o impacto conjunto dessas ações, não chega perto do impacto de não trazer novos seres humanos, particularmente, novos americanos para o mundo.

As pessoas sem filhos raramente discutem em público as vantagens e desvantagens da vida sem filhos. O manifesto GINK visa mudar essa situação. Ou seja, a escolha de ser uma pessoa sem filho (childless ou childfree) é completamente válido e não completamente solitária.

Evidentemente muitas pessoas vão condenar o manifesto GINK de Lisa Hymas. Porém, como disse Simone de Beauvoir, escrevendo em um outro contexto, o que se deve condenar é a ideologia que incita todas as mulheres a se tornarem mães. De fato, todas as ações e opções voluntárias e livres para defender o meio ambiente são válidas e bem vindas.

Referências e sites sobre indivíduos sem filhos:

Lisa Hymas. The GINK (Green Inclinations, No Kids) manifesto. Say it loud: I’m childfree and I’m proud. 30/03/2010. Disponível em:
http://www.grist.org/article/2010-03-30-gink-manifesto-say-it-loud-im-childfree-and-im-proud

Katie Herzog. Why I’ll never have kids, and why you shouldn’t either, GRIST, 16/01/2015
http://grist.org/article/why-ill-never-have-kids-and-why-you-shouldnt-either/

Luci Mansur, Sem filhos: a mulher singular no plural, São Paulo, Casa do Psicólogo, 2003
http://www.buscape.com.br/sem-filhos-a-mulher-singular-no-plural-luci-helena-baraldo-mansur-8573962690.html#precos

Musings on childfree living and reproductive rights, with a green twist
http://ginkthink.wordpress.com/about/

The Childless by Choice Project http://www.childlessbychoiceproject.com/
https://pt-br.facebook.com/SemFilhosPorOpcao

Utero Vazio http://uterovazio.blogspot.com.br/

Childfreedom http://childfreedom.blogspot.com.br/

Life Without Baby http://lifewithoutbaby.com/

Fonte: EcoDebate

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