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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Inovações tecnológicas e meio ambiente, artigo de Roberto Naime

Site de inovação tecnológica explana algumas inovações que estão obtendo sucesso e reconhecimento. Inventos e inovações tecnológicas voltados a melhorar a vida do ser humano em seu meio ambiente, nem sempre apresentam resultados satisfatórios.


Mas, para a alegria dos cientistas e pesquisadores, algumas inovações são, simplesmente, geniais e se mostram extremamente úteis para o planeta. Alguns dessas tecnologias são capazes até de proteger o meio ambiente e salvar os recursos naturais da Terra da completa extinção, devido ao uso sem controle.

Dentre todos os países africanos, a Etiópia é que região com menos acesso a água potável. Foi para ajudar esse povo que as torres warka, como são conhecidas, foram inventadas. Elas, que são consideradas alternativas eficientes e baratas para sanar a falta de água no país, transformam o orvalho em água potável.

Outra iniciativa são as chamadas torres de energia. Esses inventos foram criados com a intenção de produzir energia limpa, sem agressões ao meio ambiente. Essas torres de energia, aliás, são feitas para arrefecer o ar na parte superior e fazê-lo descer, para ser transformado.

Para isso, os cientistas borrifam água no topo das torres, imitando a chuva e fazendo quem que o ar esfrie, assim que a água evapora. Como o ar resfriado fica mais pesado que o ar quente, ele vai em velocidades muito altas. É assim que a força dos ventos, nas turbinas verticais, na base da torre, proporcionam a produção de eletricidade.

Conforme seus criadores, essas torres seriam incrivelmente altas, com cerca de mil metros de altura, três vezes maiores que o “Empire State Building”, um dos mais altos edifícios dos Estados Unidos.

Mas, com relação aos custos de instalação e de manutenção, essas estruturas seriam muito baratas e seriam capazes de trabalhar com eficiência especialmente em lugares quentes e secos.

Além disso, essas torres podem ser consideradas auto-suficientes, já que precisam apenas do vento para funcionarem e de uma pequena fonte de água (mesmo que não seja potável) por perto.

Os refrigeradores ou geladeiras que todo mundo tem em casa, por mais econômicos que possam ser, ainda representam uma grande porcentagem de nossa fatura de energia elétrica, no final do mês. Aliás, é a forma de funcionamento desses equipamentos domésticos, quase nada modificada nas últimas décadas, que faz com que consumam tanta energia.

O bio-refrigerador ou a geladeira do futuro foi criada em 2010, por um jovem cientista russo, chamado Yuriy Dmitriev. Segundo o projeto, cujo protótipo foi desenvolvido pela Electrolux, ao invés de uma caixa padrão cheia de ar frio, a inovação coloca a comida em um gel de biopolímero, capaz de absorver o calor dos alimentos e expeli-lo, criando também uma luz.

O refrigerador não tem motor e até 90% de seu volume pode ser usado para armazenamento de alimentos. Segundo os responsáveis pelo desenvolvimento da invenção, ela poderia vir em várias formas e tamanhos, porque não tem portas ou gavetas, sendo possível até mesmo montá-la no teto.

Mas, tudo isso não passa de um protótipo ainda, uma vez que esse novo estilo de geladeiras não tem nem previsão para ser lançada no mercado.

Mais de 50 milhões de minas terrestres continuam desaparecidas em países como Angola, Camboja, Afeganistão, Iraque e Moçambique. As pessoas continuam a perder, regularmente, seus membros ou até mesmo suas vidas nesses assassinos escondidos.

O pior de tudo é que desarmar uma mina que seja, se trata de uma operação extremamente cara, orçada atualmente em cerca de 1.200 dólares.

Considerando somente o trabalho que precisa ser feito em Angola, país que conta mais de 20 milhões dessas artifícios militares enterrados, o total necessário para livrar a nação dessa terrível armadilha poderia sair por mais 24 bilhões de dólares.

Para reduzir esses gastos e salvar vidas, o designer e ex-refugiado afegão, Massoud Hassani, construiu um novo dispositivo de detonação de baixo custo. Pesando cerca de 70 quilos, a invenção é forte o suficiente para explodir uma mina, mas é também leve o suficiente pra ser movido somente pelo vento.

Feito de bambu e plástico biodegradável, esse dispositivo pode detonar três ou quatro minas antes de ser completamente destruídos e o curso de sua produção é extremamente baixo, não passando de 40 dólares.

E o detonador conta também com um sistema de GPS, capaz de rastrear e indicar onde uma detonação ocorreu. Esse último detalhe, aliás, ajudaria bastante os responsáveis a mapear as áreas livres de minas e as que contam com esse apetrecho militar.

Mas, o projeto ainda está em fase inicial de desenvolvimento e ainda apresenta desvantagens. Alguns dispositivos, por exemplo, não foram capazes de explodir todas as minas sobre as quais passaram, especialmente depois de já terem detonado um artefato anteriormente.

Além disso, é preciso aprimorar a movimentação do invento, já que o vento não é capaz de levá-lo inclinação acima em terrenos desnivelados ou de movimentá-lo em áreas densamente arborizadas.

O aerogel é um material sólido feito de gel de sílica por um processo de remoção de todo o líquido, mas deixando intacta sua estrutura molecular. Ele é composto de até 99,98% de ar, o que torna esse material extremamente leve, mas também muito frágil.

Pode armazenar até 4 mil vezes o seu próprio peso, apesar de poder ser quebrado facilmente, apenas o dobrando.

Atualmente, a utilização do aerogel se resume na exploração do espaço, servindo como isolante de naves espaciais.

Mas o aerogel, também conhecido como “fumaça congelada”, poderia nos livrar, de forma significativa, das consequências do aquecimento global, já que ele é principalmente feito de ar e se trata de um excelente isolante. Segundo estudos, esse material pode manter o calor dentro ou fora de nossas casas, sem consumir ou poluir nossos recursos naturais.

Outra inovação são as árvores que brilham. Cientistas do mundo inteiro estão trabalhando para dar as habilidades de animais como águas-vivas e vaga-lumes às plantas, criando árvores que brilham no escuro.

O objetivo por trás dessa experiência, além de ser incrível e muito romântico, é substituir as lâmpadas de rua nas cidades. Isso porque vastas somas de dinheiro e grandes quantidades de combustível são gastos a cada noite na iluminação pública, o que poderia ser reduzido ou cortado dos gastos públicos, já que a luz natural seria auto-suficiente e produzida em enormes quantidades.

A Universidade Estadual de Nova York está tentando emendar genes de bactérias bioluminescentes em cloroplastos das plantas, que são corpos em células de plantas que absorvem a energia da luz solar. Até agora, o projeto foi bem-sucedido com as plantas menores.

O fogão solar é um dispositivo barato e ecológico capaz de concentrar os raios do sol em um local, usando espelhos ou metais reflexivos. A invenção leva gasta apenas 10% ou 15% a mais de tempo para deixar a comida pronta, em comparação com um forno comum, mas prepara tudo com absolutamente nenhum combustível.

Nos países em desenvolvimento, onde muitas pessoas não têm acesso ao mais básico dos recursos para ter uma vida digna, um forno auto-suficiente – como esse, feito a partir do calor solar valeria muito.

Além disso, o uso desse inovação aliviaria também a grande demanda de madeira em áreas que lutam com o desmatamento e desertificação, já que muitas famílias pelo mundo ainda precisam da lenha para aquecer e cozinhar as refeições.

Finalmente, o principal problema com as fontes de energia renováveis, como turbinas eólicas e painéis solares; é que elas exigem grandes quantidades de espaço para “cultivar” corretamente a eletricidade.

Elas também afetam a beleza natural da paisagem: um par de turbinas eólicas em cima de um campo verde, com montanhas nevadas ao fundo, por exemplo; não costuma ser algo muito agradável e sereno, o que faz com que as pessoas rotineiramente rejeitem esse tipo de projeto em suas regiões.

Assim, a resposta da ciência a esse problema pode ter sia alcançada e consiste em colocar essas torres e turbinas em superfícies flutuantes, longe da costa.

No concurso de design de 2014, chamado “Iniciativa Generator Land Art (LAGI)”, o artista Felix Cheong apresentou sua própria visão sobre essa alternativa. Sua ideia de construir plataformas oscilantes, que flutuam sobre o mar e aproveitam o poder do vento através de suas velas finas; foi simplesmente um sucesso.

Conforme o projeto do pesquisador, essas plataformas também são construídas para absorver energia das marés e para aproveitar a força do caminhar de pessoas sobre sua superfície.



Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Fonte: EcoDebate

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