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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Ativistas alertam para riscos de técnica de extração de gás e petróleo

Vários ativistas de ONGs e analistas alertaram nesta quarta-feira (13) para os riscos da chegada ao Brasil da técnica de fratura hidráulica, ou “fracking”, para a extração de gás não convencional e que suas consequências seriam “irreversíveis”.


O fracking é utilizado para aumentar a extração de petróleo ou gás no subsolo a partir da injeção de material, geralmente água ou areia, sob pressão, provocando fraturas no subsolo. A técnica é considerada muito poluente por serem utilizados fluidos químicos que contaminam o solo e os lençóis freáticos.

Em um seminário organizado pelo Greenpeace Brasil, o membro da Academia Brasileira de Ciências Jaílson de Andrade lembrou que, com os recursos energéticos que o país tem, “não é necessário” realizar extrações com essa técnica, proibida em vários países e muito usada, embora discutida, nos Estados Unidos.

Sobre uma possível regulação ou até mesmo a proibição imediata do fracking, Andrade afirmou que é uma questão de “diplomacia internacional”.

Se o Brasil utilizasse essa técnica nas reservas de água doce da tríplice fronteira com Argentina e Paraguai, explicou o especialista, os recursos hidráulicos desses países também seriam afetados. Andrade se referiu ao campo de Libra para apontar que uma perda na exploração seria menos “aterrorizante” para o meio ambiente.

Já o coordenador de Campanhas de Energias Renováveis do Greenpeace Brasil, Ricardo Baitelo, explicou à agência EFE que o fracking é “uma ameaça” e que há “uma grande possibilidade de contaminar aquíferos não só da região, mas de muitos outros lugares afastados”.

Baitelo afirmou que a técnica está sendo estudada pelas “grandes companhias, Petrobras e Shell entre elas”.

“Determinar o risco é difícil, mas em uma escala de alto a baixo, diria que alto, de zero a dez: nove”, opinou Baitelo, que exemplificou a experiência dos Estados Unidos onde, “por falta de informação da situação de saúde da população antes da utilização do fracking, não se consegue fazer uma relação direta entre a adoção da técnica e a saúde dos moradores das áreas afetadas”.

Para o representante do Greenpeace, o processo de discussão política a que a técnica está sendo submetida é invertido já que “primeiro se abriu a possibilidade e depois começou a discussão”.

“Há alguns meses foi lançada uma licitação para a extração de gás convencional na qual acrescentaram que, se durante a exploração fosse encontrado gás não convencional, seria permitido extraí-lo”, e criticou que o Brasil “convive com essa possibilidade há apenas três ou quatro meses”.

Bianca da Silva, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, disse que a Petrobras “ainda não tem a tecnologia necessária para realizar explorações nem para limpar a água contaminada” no processo.

A única regulamentação que estão estudando aplicar é a relacionada com indenizações por vazamentos ou danos na saúde, criticou Bianca.

“Os estudos não são muito claros, é interessante que se saiba de onde vem a água contaminada e que se possa encontrar o responsável por essa contaminação, mas o que mais?”, lembrou, reforçando a importância de o governo olhar também para as causas que provocam a poluição no processo de fracking. 

Fonte: G1

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