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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Desastres naturais desabrigaram 22 milhões de pessoas em 2013

Quase 22 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas devido a desastres naturais no ano passado e os números de desabrigados podem aumentar uma vez que as populações urbanas estão aumentando, disse uma agência de refugiados.


A maioria foi registrada na Ásia, onde 19 milhões foram deslocadas por inundações, tempestades e terremotos, de acordo com o relatório do Centro de Monitoramento de Deslocamento Internacional do Conselho Norueguês de Refugiados.

O tufão Haiyan causou o maior deslocamento, com 4,1 milhões de pessoas deixando suas casas nas Filipinas, um milhão a mais do que somadas na África, Américas, Europa e Oceania. O tufão Trami deslocou mais 1,7 milhão de pessoas nas Filipinas e inundações na China desabrigaram 1,6 milhão.

As novas estatísticas mostram que mais que o dobro de pessoas foram afetadas por desastres naturais em comparação há 40 anos e a tendência é que isso piore à medida que mais pessoas se mudam para cidades populosas de países em desenvolvimento.

“Esta tendência de crescimento continuará à medida que mais e mais pessoas vivam e trabalhem em áreas propensas”, disse Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês de Refugiados. “Espera-se que se agrave no futuro pelos impactos das mudanças climáticas.”

A África será particularmente vulnerável, já que sua população deverá dobrar até 2050.

No ano passado, as inundações sazonais causaram deslocamentos significativos na África subsaariana, notadamente no Níger, Chade, o Sudão e o Sudão do Sul, países também afetados por conflitos e pela seca.

Tendências positivas incluem melhorias na preparação para desastres e medidas de resposta, incluindo sistemas de alerta precoce e retiradas de emergência, o que significa que mais pessoas agora sobrevivem a desastres. Melhor coleta de dados ajuda no planejamento para futuras catástrofes.

“A maioria dos desastres são tanto naturais como provocados pelo homem”, disse Alfredo Zamudio, diretor do centro. “Melhor planejamento urbano, defesas contra inundações e normas de construção poderiam atenuar muito do seu impacto.” 

Fonte: G1

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