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quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Estudo sobre mosca-das-frutas ajudará a combater praga e reduzir restrições comerciais

Estudo revela que quatro diferentes pragas são, na verdade, provocadas pela mosca-das-frutas. Pesquisa ajudará a reduzir a devastação provocada pelo inseto que, na África, é responsável pela perda de 80% da produção frutífera.


Durante muito tempo o que foram consideradas quatro pragas agrícolas na verdade são provocadas apenas pela mosca-das-frutas. A descoberta é parte do estudo liderado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) divulgado nesta terça-feira (28)  que mostra esforços e soluções para uma melhor gestão no combate às pragas.

O resultado é uma colaboração internacional de cinco anos, envolvendo cerca de 50 pesquisadores de 20 países, coordenada pela FAO e pela Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA). A pesquisa concluiu que a mosca-das-frutas, até então chamada de Oriental, Filipinas, Invasiva e Papaia Asiática, pertence de fato a uma mesma espécie biológica, a Bactrocera dorsalis. Segundo os resultados do estudo, as restrições comerciais vigentes no momento já não são adequadas, uma vez que o inseto se encontra presente tanto nos países exportadores como nos países importadores.

A FAO observou que a Bactrocera dorsalis estava causando “danos incalculáveis ​​para as indústrias de horticultura e para a segurança alimentar”, em um grupo de países na Ásia, África, partes da América do Sul e Pacífico. A Organização também disse que, após a sua identificação, os novos mecanismos de controle podem ser postos em prática para limitar os efeitos nocivos da mosca-das-frutas sobre a agricultura e o desenvolvimento.

A descoberta trará consequências importantes para a biossegurança das plantas em todo o mundo, mas em particular nos países em desenvolvimento na África e Ásia, afirmou  o principal autor do estudo, Mark Schutze. Como exemplo, ele citou que a mosca-das-frutas tem devastado 80% da produção frutífera da África, que, somado com as restrições de importação da Ásia, Europa e Japão , ocasiona um impacto econômico e social negativo nas comunidades rurais africanas.

Além dos benefícios para o comércio internacional, a nova pesquisa também irá promover técnicas para limitar a população de Bactrocera dorsalis nos países afetados, com o uso de machos esterilizados evitando sua reprodução.

Fonte: EcoDebate

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