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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

O crescimento do mercado de imóveis sustentáveis no Brasil, artigo de Henrique Vieira

Segundo dados do IBGE e do IBAMA, 90% de nossas cidades estão com graves problemas ambientais de difíceis resolução por falta, principalmente, de instrução e de educação de grande parte da população. Por conta disso, hoje se ouve muito falar de “desenvolvimento sustentável”, mas como aplicar isso, na prática? O termo foi criado em 1987 pelo Brundtland Report e é definido como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer gerações futuras”.

Tradicionalmente a construção civil sempre foi um setor encarado como um dos maiores vilões do meio ambiente, porém, nos últimos anos, este cenário tem mudado e tem como ponto de largada as nações mais desenvolvidas economicamente.

Hoje, a construção de imóveis sustentáveis chegou ao Brasil e vem tomando conta do cenário das grandes cidades brasileiras. Enfraquecida pela crise econômica mundial no ano passado, ocorreu uma grande redução nas vendas de imóveis sustentáveis, uma vez que construtoras e incorporadoras diminuíram novos empreendimentos, inclusive encontrando alguma dificuldade para completar os empreendimentos que já haviam sido iniciados.

Porém, o Governo Federal interveio e liberou uma boa verba para os que bancos federais pudessem recuperar a ausência dos financiamentos oferecidos anteriormente pelos bancos privados e, com isso, as chances de finalização de vendas de imóveis sustentáveis voltaram, inclusive incentivando novas ferramentas como o Agente Imóvel que possui um sistema de busca específico para Imóveis em São Paulo sustentáveis.

Hamilton de França Leite Junior, diretor de Sustentabilidade do Secovi-SP, afirma que “quem construir empreendimentos sustentáveis sai na frente”. Segundo ele, a tendência é que cada vez mais jovens passem a exigir que os imóveis tenham uma estrutura de preservação ambiental no futuro. Com isso, as empresas que estão dispostas a apostar no mercado a longo prazo e a adquirir experiência, visando uma melhor posição competitiva daqui a alguns anos, devem começar a investir nesses imóveis desde já.

Em São Paulo o apelo pela construção deste tipo de imóvel não é diferente e pode garantir uma utilização racional e adequada dos recursos hídricos, além de proporcionar à cidade uma maior eficiência no aproveitamento de seus recursos naturais e economia de energia. Pensando nisso, algumas construtoras já iniciaram empreendimentos que estão sendo lançados por toda a cidade e esses prédios aparecem como uma alternativa para o público que se preocupa com o meio ambiente, além de uma boa qualidade de vida.

Um imóvel sustentável pode custar de 3% a 8% mais caro do que um edifício convencional, porém, segundo França Leite, o retorno deste investimento ao longo de 20 anos será até 10 vezes maior que o investimento adicional gasto na compra do imóvel, tornando assim uma motivação para o comprador optar por este tipo de empreendimento. Outra vantagem é que condomínios e apartamentos sustentáveis, além do óbvio apelo ecológico, são um atrativo considerável graças a grande economia de recursos financeiros proporcionada a seus moradores, como por exemplo a diminuição nas contas de água e energia.

E pode não parecer, mas o Brasil já é o 4o país no ranking mundial pela procura do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), uma certificação voltada para as construções sustentáveis. Nosso país perde apenas para os Estados Unidos, a China e os Emirados Árabes.

Henrique Vieira é estudante de comunicação.

Fonte: EcoDebate

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