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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Estudante de Joinville cria lixeira que reconhece o tipo de resíduo descartado e o encaminha ao seu destino correto

Carlos Henrique Corrêa é aluno do curso de engenharia de computação da UniSociesc


As lixeiras coloridas utilizadas na coleta seletiva de lixo podem estar com os dias contados se depender de uma invenção de um joinvilense de apenas 22 anos. 

Carlos Henrique Corrêa, aluno do curso de engenharia de computação da UniSociesc, em Joinville, criou um sistema que reconhece de que tipo de material (metal, plástico ou vidro) é feito o resíduo que está sendo descartado.

Com a identificação, o lixo é encaminhado ao seu destino correto. O projeto foi desenvolvido para o trabalho de conclusão de curso (TCC) de Carlos Henrique, mas chama a atenção por propor uma alternativa promissora de automatização do processo de separação de lixo para posterior reciclagem, com potencial aplicação em empresas e grandes cidades.

Carlos Henrique se debruçou sobre a ideia ao longo de um ano. Foram muitas pesquisas e estudos até que um _ e único até agora _ protótipo da lixeira automatizada ganhasse forma. É bem verdade que este primeiro modelo, ainda sem um nome oficial, não salta aos olhos à primeira vista: trata-se de uma caixa de papelão revestida de plástico com alguns furos, um arame e várias tiras de fita adesiva.

Mas o que vale, neste caso, é o conceito, e não o design. O funcionamento é simples. Primeiro, o resíduo é colocado em uma espécie de bocal. 

Depois, um dispositivo conectado a qualquer fonte de energia _ pilhas, tomada, notebook e até bateria de celular _ é acionado. Uma pequena corrente de metal começa a girar e a fazer contato com o objeto que vai para o lixo. Um sensor identifica o som gerado a partir desse atrito e "descobre" qual é o tipo de material que está sendo jogado fora. Por fim, uma plataforma se abre e o lixo cai no seu destino.

Busca, agora, é por parcerias

Com o projeto recém-aprovado no TCC, Carlos Henrique agora busca apoio para modernizá- lo e aprimorá-lo. A própria direção da UniSociesc já manifestou interesse no trabalho, revela Luiz Carlos Camargo, orientador do estudante.

Para o professor, o conceito de lixeira automatizada tem grande potencial para ser aplicado em estabelecimentos comerciais, como em casas noturnas, por exemplo, onda há um grande descarte de garrafas de plástico e de vidro e latas de metal.

_ Neste caso, uma lixeira única, maior é claro, faria a separação do tipo de material automaticamente, muito mais rápido do que se o trabalho fosse manual _ compara.


Inspiração em competição americana

A inspiração para a criação da lixeira automatizada surgiu quando Carlos Henrique assistiu a uma competição americana de robótica. 

Ele admite que a utilização de sensores para reconhecer o tipo de material de um objeto não é exatamente uma grande descoberta, mas garante que são poucos os dispositivos que fazem isso apenas por meio do som. Pelo menos ele não conhece nenhuma iniciativa do gênero em Santa Catarina.

A primeira ideia do estudante foi criar um sistema de baixo custo. Para desenvolver o protótipo, ele gastou cerca de R$ 100. Grande parte deste valor foi aplicada no sensor de reconhecimento, que é relativamente simples comparado ao que já existe.

Apesar deste primeiro modelo separar apenas metal, plástico ou vidro, é possível aprimorá-lo para reconhecer outros tipos de materiais, como madeira, papel e até lixo orgânico.

_ Há várias aplicações a partir do conceito _ garante o jovem estudante.

Fonte: A Notícia

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