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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Convidada indesejada, poluição do ar pode prejudicar atletas na Copa América

A poluição do ar promete ser uma convidada indesejada que pode atrapalhar as atividades das seleções concentradas em Santiago e Temuco para a Copa América do Chile, um dos países mais afetados pelo problema da região.

No inverno, as condições atmosféricas atrapalham a manutenção de uma qualidade de ar satisfatória devido às frentes frias que estacionam sobre as cidades chilenas, combatidas muitas vezes por calefação a lenha, piorando ainda mais a situação.

“A qualidade do ar vai estar de regular a ruim nos próximos dias na região centro sul do país devido à chegada de frentes frias que contribuem para piorar as condições de ventilação”, disse à Agência Efe o analista da Direção Meteorológica do Chile, Luis Gutiérrez.

Durante o último mês, quatro das oito cidades que serão sede do torneio registraram episódios de alto nível de poluição, obrigando as autoridades a adotar medidas especiais, como restrição à circulação de veículos, proibição de funcionamento de parte das indústrias e veto total ao uso de calefação a lenha.

Apesar disso, a camada de névoa de poluição (“smog”) só se dissipou levemente porque as condições meteorológicas não variaram muito e há escassez de chuvas no centro do país.

A partir deste ano, as autoridades chilenas elevaram os níveis de exigência das medições ambientais. Por isso, mais episódios críticos de poluição são esperados.

Em condições de “alerta” ou “pré-emergência” ambiental, a atividade física nos colégios é proibida. Os cidadãos são orientados a não praticar exercícios, pelos danos que podem ser causados à saúde se fizerem esporte no meio de uma nuvem de poluição.

O mesmo risco correm os jogadores das equipes que se enfrentarão na Copa América, assim como dos torcedores que irão aos estádios, sobretudo os mais velhos e as crianças.

“O risco de um problema respiratório provoca perda de capacidade aeróbica. Então, no caso dos jogadores, obviamente isso resultaria em uma menor eficiência nas partidas”, disse o especialista ambiental Luis Díaz, em um relatório divulgado pela Universidade de Santiago do Chile (Usach).

“Deve-se considerar que cada seleção chegará com vários dias de antecipação. Então, pelo menos durante uma semana estarão treinando com altos níveis de contaminação. Chegarão com os pulmões afetados para seus compromissos oficiais” indicou Díaz.

No entanto, as autoridades chilenas não consideraram a hipótese de suspender partidas do torneio, inclusive se os episódios de poluição se tornarem críticos.

“Se há algo que não podemos fazer é suspender um partida. Não temos atribuições sobre as partidas da Copa América por que esse é um compromisso que o país assume com a Conmebol em nível latino-americano”, disse o prefeito de Santiago, Claudio Orrego.

No futebol local, a lei determina que as prefeituras são responsáveis por adiar ou suspender as partidas, além de terminar horários ou trocar os jogos de estádio por razões de segurança.

Por enquanto, os maiores problemas estão em Santiago, que receberá oito jogos, incluindo a abertura nesta quinta-feira e o encerramento no dia 4 de junho, assim como em Temuco, onde serão disputadas três partidas.

Em Santiago, que possui 6 milhões de habitantes, a poluição está muito vinculada a sua localização geográfica. A cidade é rodeada de colinas, que impedem uma livre circulação do ar.

Em Temuco, a 800 quilômetros ao sul da capital, a poluição é gerada essencialmente pelo prolongado uso de calefação a lenha, que gera grande material difícil se dizer.

Por essa razão e pela impossibilidade de suspender os jogos, Díaz propõe que as autoridades iniciem uma campanha que proíba ao menos o uso de calefação a lenha.

“Deve haver uma nova proibição, isso mitigaria as más condições ambientais. Caso contrário, haverá problemas com a saúde da população, pois os níveis de toxicidade no ar põem em sério risco a saúde de jogadores e torcedores”, assinalou o analista.

Fonte: Terra

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