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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Para evitar FRACKING sobre o Aquífero Guarani, ambientalistas impedem avanço de caminhões ‘vibradores’ para o Uruguai

Um grupo de ambientalistas das cidades de Concordia, Colón, Concepción del Uruguay e Chajarí (Argentina) evitou no último final de semana que um comboio de caminhões ‘vibradores’ e sísmica geológica seguisse da Argentina para o Uruguai. Estacionados próximo à rodovia que dá acesso à Rota 015, os caminhões foram impedidos de seguir viagem para a região onde seriam realizados testes ‘sísmicos’ para detectar presença de xisto e possibilitar a exploração pela técnica do fraturamento hidráulico, o FRACKING, na região onde se localiza o Aquífero Guarani.

Segundo um dos participantes da ação, Franco Scatone da Assembleia Ambiental de Concordia, não há diferença entre exploração e perfuração. “Eles dizem que vão explorar, mas quando eles têm os caminhões no local, sei que vão explodir e aí vem o FRACKING. A ideia é que os caminhões não progridam porque vemos o dano direto ao meio ambiente”.

A intervenção do grupo contou com o apoio e participação da COESUS Brasil – Coalizão Não Fracking Brasil e pela Sustentabilidade – e COESUS Argentina, além da 350.org Brasil, entidade internacional que denuncia as mudanças climáticas e luta contra o FRACKING na América Latina.

União contra o FRACKING

De acordo o Eng. Dr. Juliano Bueno do Araujo, fundador da COESUS Brasil e coordenador de Campanhas Climáticas da 350.org está sendo articulada uma frente ampla contra o FRACKING na América Latina, como a presença da COESUS também no Uruguai.

“Com futuras audiências públicas e manifestações no Senado e Congresso Nacional, bem como intenso programa técnico e científico junto à academia e movimento climático e ambiental do Uruguai, vamos consolidar a luta contra o fraturamento hidráulico em nosso continente”, observa Juliano.
Missión Argentina

FRACKING é a tecnologia minerária utilizada para a exploração de petróleo e gás de xisto, que se encontra no subsolo a grandes profundidades. Para fraturar a rocha e liberar o gás metano, injeta-se milhões de litros de água, areia e um coquetel com mais de 600 substâncias químicas, muitas tóxicas, cancerígenas e até radioativas. Parte desse fluído tóxico retorna para a superfície e a outra permanece no subsolo contaminando as reservas subterrâneas de água.

A diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira, esteve final de semana no Uruguai para dar apoio técnico a ambientalistas. “Estamos construindo uma agenda comum que promova a união dos movimentos climáticos e anti-fracking no Uruguai, Argentina, Colômbia e Peru no enfrentamento à indústria dos combustíveis fósseis”, afirmou.

“Nossa ação prevê a proteção do Aquífero Guarani, que transcende o território brasileiro e dos países vizinhos como Argentina, Uruguai e Paraguai. Defendemos o desinvestimento em fósseis e a opção mais segura pelas energias renováveis para conter as mudanças climáticas”, completa Nicole.

Testes sísmicos no Brasil

A ação de bloqueio da passagem dos caminhões ‘vibradores’ e sísmica geológica se deve ao temor dos ambientalistas de que os testes sejam um pretexto para fazer FRACKING para valer, promovendo e danos irreparáveis para o meio ambiente.

No final do ano passado, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) realizou dezenas de testes similares na região Norte do Paraná. Durante a permanência dos caminhões, moradores de várias cidades ouviram explosões, sentiram terremotos de quase 3 graus na Escala Richter e várias casas foram condenadas e interditadas pelas rachaduras.

Fonte: EcoDebate

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