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quarta-feira, 11 de maio de 2016

A importância da agroecologia, uma alternativa à agricultura convencional

Por uma “Ciência Convivial”. A importância da agroecologia, uma alternativa à agricultura convencional. Entrevista especial com Ulrich Loening


“Uma planta que cresce em seu ambiente natural com uma alimentação equilibrada é resistente a pragas e doenças, porque os organismos causadores de doenças não terão facilidade em obter os nutrientes de que precisam. Essa é a base da trofobiose”, afirma o bioquímico.

Para o professor doutor em Bioquímica Ulrich Loening, desde que o ser humano vislumbrou a necessidade de grandes produções agrícolas, a Terra começou a ser alterada. “Desde as primeiras revoluções agrícolas de 10 mil anos atrás, a agricultura tem perturbado ecologias locais, e agora com intensidade ainda maior”, pontua. Por isso, defende a necessidade de se romper essa lógica, estimulando formas de produções que respeitem as mais diversas ecologias do planeta. É o que o professor enfatiza ao destacar, por exemplo, que “métodos de agroecologia visando manter o húmus e os organismos do solo constituem a característica crucial da abordagem proposta”. Ou seja, uma nova relação com a terra, com a produção.

Entretanto, na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line, Loening problematiza esse rompimento de paradigma, que vai além da introdução de outras técnicas de produção agrícola. Para ele, a questão de fundo a ser atacada é cultural. “Passa a ser uma mudança na cultura social, um modo de vida que procura não subjugar a natureza”, explica. Parece simples, mas essa sua abordagem muda a perspectiva que se tem hoje com relação, por exemplo, à ciência.

“A ciência aplicada sobre a qual nossa civilização está construída, tem raízes culturais profundas. Agora, para resolver como, onde e se os humanos poderão viver na Terra, é necessária uma atitude científica nova e culturalmente diferente”, defende. Assim, chega à sua formulação de “uma ciência que cria tecnologias ecologicamente apropriadas, que promove a relação de convívio da sociedade com a natureza, que pode ajudar a superar a antipatia de muitas pessoas contra a ciência e, acima de tudo, que pode criar uma relação mais convivial entre os seres humanos e a natureza”. É a sua “Ciência Convivial” como nova forma de apreender as ecologias do planeta.

Ulrich Loening é membro do Conselho de Administração do Centro de Ecologia Humana (Centre for Human Ecology), em Edimburgo, na Escócia. Em 1984, presidiu a entidade e se aposentou em 1995. É doutor em Bioquímica pela Universidade de Oxford, na Inglaterra. Dedicou-se ao ensino e pesquisa sobre a síntese de proteínas e ácidos nucleicos, nos Departamentos de Botânica e Zoologia, na Universidade de Edimburgo até o final da década de 80.

Ele desenvolveu vários métodos de eletroforese para análise de RNA (em Biologia, o ácido ribonucleico – sigla em português: ARN e em inglês, RNA, ribonucleic acid – é o responsável pela síntese de proteínas da célula) e seu processamento e transporte para o citoplasma e confirmou a ideia emergente que cloroplastos de plantas evoluíram a partir de simbiose com algas verde-azuladas – engenharia genética natural. Se diz um interessado por história natural, jardinagem e agricultura desde criança. Por isso, acredita que se envolveu com estudos e pesquisas sobre impactos ecológicos da sociedade.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – No que consiste o conceito de agroecologia? O que revela enquanto modo de vida, para além de sistema ou técnica de produção no campo?

Ulrich Loening – Agroecologia é a filosofia e a prática da agricultura que leva em conta a forma como a granja ou fazenda se encaixa na ecologia da região. Em contraste com a agricultura convencional, que tem, na prática, ignorado ou atalhado processos naturais, a agroecologia tenta aproveitar processos naturais para produzir alimentos para os seres humanos. Ela enverga o ecossistema local em favor dos seres humanos, porém não muito. Por isso, passa a ser uma mudança na cultura social, um modo de vida que procura não subjugar a natureza.

IHU On-Line – Como compreender a relação entre o solo e a produção agroecológica? De que forma é possível tratar o solo enquanto organismo vivo, preservando as inúmeras formas de vida que nele existem e desenvolver a produção agrícola?

Ulrich Loening – Quase se poderia inverter essa pergunta: como conseguirá persistir a agricultura convencional com grande utilização de fertilizantes e pesticidas, tendo em vista que ela tem causado perda contínua de solos e fertilidade? Já desde as primeiras revoluções agrícolas de 10 mil anos atrás, a agricultura tem perturbado ecologias locais, e agora com intensidade ainda maior. Métodos de agroecologia visando manter o húmus e os organismos do solo constituem a característica crucial da abordagem proposta.

Mudança na estrutura econômica

A produção seria mais sustentável desenvolvendo métodos de agroecologia, mas é preciso reconhecer que, no frigir dos ovos, mesmo com essa mudança de matriz produtiva, talvez não seja possível alimentar a população humana, que vem crescendo muito. Já agora, a demanda por alimento no mundo é muito maior do que a agricultura convencional consegue atender. Ainda não estamos em estado de crise, já que alimento suficiente vem sendo produzido para alimentar todos, e muitos mais. O problema no momento é a distribuição precária e a pobreza. Isso exige primeiro uma mudança nas estruturas econômicas, e essa mudança por si mesma já poderia incentivar a agricultura mais sustentável e ecologicamente sadia.

IHU On-Line – De que forma é possível fazer controle de pragas, desde insetos até ervas daninhas, e produzir alimentos saudáveis apenas trabalhando o manejo do solo? É nisso que se apoia a Teoria da Trofobiose? Que outras perspectivas a Teoria abre?

Ulrich Loening – Uma planta que cresce em seu ambiente natural com uma alimentação equilibrada é resistente a pragas e doenças, porque os organismos causadores de doenças não terão facilidade em obter os nutrientes de que precisam. Essa é a base da trofobiose, termo inventado por Chaboussou [1] em seu livro de 1985 [2]. Mas a agricultura de acordo com a trofobiose não consegue inibir as ervas daninhas. Afinal de contas, ervas daninhas são apenas aquelas plantas que nós, incidentalmente, não desejamos, e a natureza não pode distinguir o que nós casualmente queremos colher. A interpretação da trofobiose destaca o quanto nossos métodos agrícolas convencionais, pelo menos desde meados do século 19, se baseiam em insumos químicos que substituem as formas como as plantas se nutrem.

IHU On-Line – Em que medida a compreensão das formas de vida contidas no solo (visto como um espaço micro de todo o planeta) pode contribuir com o entendimento mais amplo da biologia humana?

Ulrich Loening – Após dois séculos em que começamos a compreender a ciência da agricultura, só recentemente é que se está começando a reconhecer o significado da enorme diversidade da vida no solo. Esta nova compreensão começou com a descoberta das micorrizas na década de 1880, fungos que crescem em torno ou dentro de raízes de plantas e liberam nutrientes minerais para a planta, a qual, em troca, fornece alimento para os fungos.

Este é o maior sistema simbiótico do mundo e é provável que a vida vegetal na terra não poderia ter evoluído sem ele. Agora percebemos que milhões de micro-organismos do solo, desconhecidos em sua maioria, também ajudam as plantas a crescer de forma saudável. Esse diversificado ecossistema do solo, que tem sido comparado às complexidades de uma floresta tropical, também afeta diretamente a saúde humana. De modo semelhante, nosso sistema gastrointestinal também contém um vasto “bioma”, consideravelmente influenciado de fora.

IHU On-Line – Quais os desafios para se romper com uma forma de relação mercantil entre o ser humano e a terra, que se materializa da agricultura baseada no modelo de agronegócio, e propor uma relação mais ecologicamente integral, valorizando as pequenas propriedades e produção mais limpa?

Ulrich Loening – Assim que algo é bem-sucedido, tende a fixar-se e continuar com seu próprio sucesso. Até mesmo o avanço da civilização exige que formas exitosas de vida sejam passadas de geração em geração. Apenas quando o sucesso ultrapassa seus limites num pequeno planeta, surgem problemas. É difícil alterar a maneira como pensamos, uma vez instalados o mito de Prometeu [3] de obter o fogo (poder) do céu e a atitude baconiana [4] que lançou a ciência ocidental (“conhecimento é poder”). Surge a necessidade de mudança em direção a uma relação ecológica. Eu vejo isso como desafio fundamental por excelência.

Em nível mais prático, as pequenas propriedades (“small is beautiful” – o pequeno é lindo) são parte da resposta e, atualmente, continuam sendo as que produzem a maioria dos alimentos que realmente chegam à mesa. Mas as pequenas propriedades também precisam ficar intimamente conectadas com sua situação ecológica, em vez de combatê-la. Elas precisam basear-se em ciclagem de materiais, com estreitos laços dos seres humanos com a granja, que permitem o cultivo “dedo verde”. O/A agricultor/a, suas ferramentas e métodos, e o entorno, todos são parte do ecossistema local. Uma relação comercial de grande porte não consegue fazer justiça a esse fato, e assim torna-se insustentável.

IHU On-Line – Qual o papel dos governos no estímulo à agroecologia? Como avalia o desempenho de organizações civis, como cooperativas, da promoção desse estilo de vida e produção agroecológica?

Ulrich Loening – Políticos em geral não entendem de ecologia humana, talvez nem o consigam. Eles operam baseados no princípio de que sistemas financeiros eficazes no curto prazo conseguem satisfazer nossos desejos, e partem do princípio de que se algo parece bom, então mais do mesmo deve ser melhor. Mas nosso mundo, superlotado desse princípio, perde sua validade, empresas gigantescas do agronegócio rompem as ligações ecológicas e sociais que as pequenas propriedades produtivas podem ter.

A política da maioria dos governos e federações, como os Estados Unidos e a União Europeia, tem sido a de incentivar positivamente grandes fazendas, grandes empresas de suprimentos e cadeias alimentares mais longas e mais complexas. Tais políticas só podem levar a um distanciamento maior em relação às realidades ecológicas. Isso, por sua vez, faz com que empresas, mais do que os governos, governem o mundo e determinem as políticas a serem seguidas. Vemos isso agora nas negociações (a portas fechadas) para o TTIP [5], acordo de comércio internacional proposto entre a União Europeia e os Estados Unidos, que ameaça incentivar grandes corporações no sentido de controlar as políticas nacionais distantes.

Os governos têm, claramente, um papel primordial de impedir isso, assim como eles normalmente não têm deixado que monopólios interfiram no livre comércio. Provavelmente alguma forma de protecionismo é necessária, que permita desenvolvimentos locais livres de interferência externa. Obviamente este argumento econômico tem implicações sociais diretas. A liberdade individual de escolha é reprimida por grandes corporações, assim como tem sido reprimida por ditaduras totalitárias, em algumas partes do mundo.

IHU On-Line – A continuidade e crescimento da civilização pode ser compatível com a sustentabilidade ecológica global? Como articular a ideia local de sustentabilidade com a causa global?

Ulrich Loening – Esta foi a questão abordada e até certo ponto respondida pelo Relatório sobre os Limites do Crescimento elaborado para o Clube de Roma em 1972 [6]. A resposta é que não, que se continuarmos business as usual, chegaremos a um impasse. À medida que a civilização evolui, ela também precisa desenvolver-se no sentido de “adequar suas ações aos padrões da natureza”, como indicou a Comissão Brundtland [7] em suas declarações de abertura em 1987. A próxima grande ideia social e científica trataria de tornar a civilização compatível com as realidades planetárias [8]. Resolver essa contradição exige uma visão global com ação local, coisa difícil de se conseguir, que em si precisa evitar o sofrimento causado pelas falhas das grandes corporações. Mas agora podemos ver novas atitudes emergindo, com grande número de pessoas da maioria dos países ansiando por melhorias.

IHU On-Line – Quais os impactos das diferentes civilizações tecnológicas nas formas de vida do planeta? Como isso repercute na agricultura?

Ulrich Loening – É notável que a “ciência” no sentido moderno surgiu na Europa, e não na China, apesar de sua antiga civilização, nem em países budistas, embora Buda [9] tenha aconselhado que “nada vem de mão beijada”. Agora, esta atitude científica inicialmente europeia passou a permear o mundo inteiro. Talvez seja o momento de a Europa mais uma vez desencadear um novo Esclarecimento [ou Iluminismo] cultural/científico. Diferentemente de outros tempos, pode-se procurar soluções e sabedoria entre povos menos aculturados, cuja cultura tenha sobrevivido em alguns lugares. O conceito de “The Way” [10] (livro de Edward Goldsmith [11]), visando desenvolvimento com equidade social e ecológica de antigas raízes, pode fornecer um ethos para uma nova síntese.

IHU On-Line – No que consiste a ideia de “tecnologia apropriada” e qual sua relação com as formas de vida integrais, como a agroecologia?

Ulrich Loening – Tecnologia apropriada muitas vezes tem sido confundida com a “tecnologia intermediária” preconizada por Schumacher [12]. Eu considero apropriado aquilo que se adéqua à situação. Excelente exemplo são tecnologias que aproveitam energia do ambiente, que em última análise emana do sol e continua emanando, quer a usemos ou não. Se cobrirmos nossas necessidades de energia a partir desse fluxo, então é apropriado. Da mesma forma, a agricultura que se encaixa nos ciclos da natureza (e não apenas nas estações do ano, mas nos fluxos materiais e biológicos) conseguirá atuar e funcionar de forma sustentável. Nossa oferta de alimentos deve vir dos fluxos de nutrientes e organismos ao longo do ecossistema, causando o mínimo possível de diferenças, sejam usados ou não.

IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?

Ulrich Loening – Sim! Se somar tudo que argumentei acima, e outros estudos não incluídos aqui, você só pode chegar a uma conclusão: que a ciência aplicada sobre a qual nossa civilização está construída tem raízes culturais profundas. Agora, para resolver como, onde e se os humanos poderão viver na Terra, é necessária uma atitude científica nova e culturalmente diferente. Eu não quero dizer um método científico novo ou diferente, porque é autocriado pelo senso comum lógico, mas uma nova abordagem sobre a forma de aplicar a ciência e sobre sua motivação. Eu gosto de promover um nome para esta nova ciência: “Ciência Convivial“. Deriva de “con-vivo”, que significa “com vida” [sic].Ciência Convivial pode ser usada em muitos sentidos: é uma ciência que cria tecnologias ecologicamente apropriadas, que promove a relação de convívio da sociedade com a natureza, que pode ajudar a superar a antipatia de muitas pessoas contra a ciência, e, acima de tudo, que pode criar uma relação mais convivial entre os seres humanos e a natureza.

Por João Vitor Santos | Tradução Walter O. Schlupp

Notas:

[1] Francis Chaboussou: pesquisador francês autor da Teoria da Trofobiose que, na década de 1970, lançou um dos pilares da agroecologia. Formado em biologia pela Universidade de Bordeaux, na França, foi pesquisador do Institut National de la Recherche Agronomique e da Estação de Zoologia do Centro de Pesquisas Agronômicas de Bordeaux. (Nota da IHU On-Line)

[2] Referência em português: Chaboussou, Francis. Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos: a teoria da trofobiose; tradução de Maria José Guazzelli; Porto Alegre: L&PM, 1987. (Nota da IHU On-Line)

[3] Prometeu: na mitologia grega, Prometeu é um titã, filho de Jápeto e irmão de Atlas, Epimeteu e Menoécio. Foi um defensor da humanidade, conhecido por sua astuta inteligência, responsável por roubar o fogo de Zeus e o dar aos mortais. Zeus teria então punido-o por este crime, deixando-o amarrado a uma rocha por toda a eternidade enquanto uma grande águia comia todo dia seu fígado – que crescia novamente no dia seguinte. O mito foi abordado por diversas fontes antigas (entre elas dois dos principais autores gregos, Hesíodo e Ésquilo ), nas quais Prometeu é creditado – ou culpado – por ter desempenhado um papel crucial na história da humanidade (Nota da IHU On-Line)

[4] Relativo à filosofia de Francis Bacon. Indução baconiana ou indução ampliadora, raciocínio empregado nas ciências experimentais e que consiste em passar de certo número de casos particulares a uma lei geral. (Nota da IHU On-Line)

[5] Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (APT): mais conhecido como TTIP (em inglês: Transatlantic Trade and Investment Partnership) ou TAFTA (em inglês: Trans-Atlantic Free Trade Agreement), é uma proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Estados Unidos, em forma de tratado internacional. O tratado visa impedir a interferências dos Estados no comércio entre os países aderentes e está a ser negociado em paralelo com a Parceria Trans-Pacífico ou TPP (em inglês: Trans-Pacific Partnership). O tema tem sido tratado nas Notícias do Dia, do sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em diversos artigos. Entre eles “A história do caminho do capitalismo para o fascismo social”, de Eulogio González Hernández, publicado em 03-02-2016. Confira mais artigos em ihu.unisnos.br. (Nota da IHU On-Line)

[6] Clube de Roma: é um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, economia internacional e , sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Foi fundado em 1966 pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo cientista escocês Alexander King. Tornou-se muito conhecido a partir de 1972, ano da publicação do relatório intitulado Os Limites do Crescimento, elaborado por uma equipe do MIT, contratada pelo Clube de Roma e chefiada por Dana Meadows. O relatório, que ficaria conhecido como Relatório do Clube de Roma ou Relatório Meadows, tratava de problemas cruciais para o futuro desenvolvimento da humanidade tais como energia, poluição , saneamento, saúde, ambiente, tecnologia e crescimento populacional, foi publicado e vendeu mais de 30 milhões de cópias em 30 idiomas, tornando-se o livro sobre ambiente mais vendido da história. (Nota do IHU On-Line).

[7] Relatório Brundtland ou Nosso Futuro Comum: Publicado em 1987, concebe o desenvolvimento sustentável como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. No início da década de 1980, a ONU retomou o debate das questões ambientais. Indicada pela entidade, a primeira-ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, chefiou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, para estudar o assunto. (Nota da IHU On-Line)

[8] Frank Fraser Darling, o ecologista escocês, escreveu em 1951 que a “civilização é em última análise, uma contradição”. (Nota do entrevistado)

[9] Buda: é um título dado na religião budista àqueles que despertaram plenamente para a verdadeira natureza dos fenômenos e se puseram a divulgar tal redescoberta aos demais seres. “A verdadeira natureza dos fenômenos”, aqui, quer dizer o entendimento de que todos os fenômenos são impermanentes, insatisfatórios e impessoais. Tornando-se consciente dessas características da realidade, seria possível viver de maneira plena, livre dos condicionamentos mentais que causam a insatisfação, o descontentamento, o sofrimento. O primeiro buda Sidarta Gautama. Foi um príncipe da região do atual Nepal que se tornou professor espiritual, fundando o budismo. Na maioria das tradições budistas, é considerado como o “Supremo Buda” de nossa era, Buda significando “o desperto”. (Nota da IHU On-Line)

[10] The Way: An Ecological Worldview (A maneira: uma visão de mundo ecológica, em livre tradução). Goldsmith, Edward. Reino Unido: Veltune Publishing, 2014. (Nota da IHU On-Line)

[11] Edward René David Goldsmith (1928 – 2009): foi um ambientalista anglo-francês, escritor e filósofo conhecido por seus pontos de vista críticos em relação à sociedade industrial e da economia de livre mercado era conhecido. (Nota da IHU On-Line)

[12] Ernst Friedrich Fritz Schumacher (1911 —1977): pensador econômico, estatístico e economista no Reino Unido, servindo como conselheiro-chefe de economia ao National Coal Board britânico por duas décadas. Suas ideias tornaram-se populares em boa parte do mundo anglófono durante a década de 1970. Ele é mais conhecido por sua crítica às economias ocidentais e suas propostas de tecnologias adequadas e descentralizadas. As teorias básicas de desenvolvimento de Schumacher ficaram conhecidas pelos termos “escala intermediária” e “tecnologia intermediária”. Em 1977, publicou A Guide for the Perplexed, uma crítica ao cientificismo materialista e uma exploração da natureza e da organização do conhecimento. Junto com amigos de longa data e sócios como Mansur Hoda, Schumacher fundou o Intermediate Technology Development Group, agora conhecido como Practical Action, em 1966.

Fonte: EcoDebate

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