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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Cimento que brilha no escuro pode substituir iluminação em estradas

O cimento consegue absorver a energia do sol durante todo o dia, para permanecer iluminado por até 12 horas.

No que depender do trabalho de José Carlos Rubio, as estradas nunca mais precisarão de iluminação. O pesquisador e Ph.D. da Universidade de Michoacan de San Nicolas Hidalgo, no México, estuda o cimento há nove anos. Após tanto esforço, ele encontrou uma maneira de produzir um piso capaz de emitir luz, com vida útil de cem anos.

Segundo Rubio, o maior problema enfrentado no processo foi o fato de o cimento ser um corpo opaco, que não permite a passagem de luz para o seu interior. Então, foi necessário um estudo mais profundo e diversas experiências até que a solução fosse encontrada.

O pesquisador explicou qual é a lógica por trás dessa invenção. O cimento é um pó que, ao ser adicionado à água, dissolve-se como um comprimido efervescente. Neste momento o material começa a se assemelhar a um gel muito forte e resistente, ao mesmo tempo, flocos cristalinos são formados, mas esses flocos são totalmente indesejados.

Para resolver o problema, Rubio se dedicou à mudança na estrutura do cimento, para eliminar os flocos e deixá-lo completamente em forma de gel, ajudando a absorver a energia do sol, devolvendo-a ao meio ambiente como luz. Este cimento “brilhante” é feito com base em areia e argila, tendo como único resíduo o vapor de água.

O cimento consegue absorver a energia do sol durante todo o dia, para permanecer iluminado por até 12 horas. Além disso, o pesquisador explica que é possível controlar a intensidade da luz, para evitar que o brilho atrapalhe ciclistas e motoristas, e o material pode ser azul ou verde. O melhor de tudo é a sua vida útil, de até cem anos.

A tecnologia está em fase de adaptação para comercialização e os cientistas também estudam a sua inclusão em gesso e outros produtos da construção civil, como alternativa natural para reduzir o consumo de energia elétrica na iluminação de ambientes.

Fonte: Ciclo Vivo

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