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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Cemitérios criam mais 30 mil vagas e podem reduzir espera por jazigos

No fim de junho, a nutricionista Camila Nunes, de 26 anos, moradora no Recreio, perdeu a avó Léa Cesar Nunes, de 89 anos, morta de causas naturais.
Após peregrinar por cinco cemitérios, a família só conseguiu fazer o sepultamento no Caju dois dias depois. A falta de vagas faz com que os enterros no Rio demorem até três dias pode estar com os dias contados. Obras de ampliação que estão sendo realizadas pelas duas concessionárias responsáveis pelos 13 cemitérios públicos da cidade vão criar, a médio prazo, cerca de 30 mil novas sepulturas e quase 28 mil nichos (para colocação de urnas com cinzas ou ossadas). A medida promete amenizar a dor dos parentes.

— A gente já está ferido pela perda do familiar, paga um plano funerário caro e tem de passar por isso. É um sofrimento prolongado para a família — diz Camila.

A Reviver, que administra sete cemitérios, promete de imediato obras em quatro — São Francisco Xavier (Caju), Ilha (Cacuia), Ricardo de Albuquerque e Guaratiba. As do Caju, onde estão sendo investidos R$ 10 milhões, estão mais adiantadas. As sepulturas verticais ocuparão prédios de gavetas com oito andares, sendo os dois últimos destinados a jazigos sociais (para quem não pode pagar).

A concessionária só aguarda a aprovação da prefeitura para iniciar a construção dos 15 mil jazigos e 13 mil nichos dos cemitérios de Ricardo de Albuquerque, Ilha e Guaratiba. Depois, as obras de ampliação chegarão aos cemitérios de Santa Cruz e Realengo.

A Rio Pax, concessionária responsável pelos demais seis cemitérios públicos — São João Batista (Botafogo), Jacarepaguá, Irajá, Inhaúma, Campo Grande e Piabas (Vargem Grande) — também está investindo na ampliação e promete criar 4.896 gavetas e 4.046 nichos. Os primeiros a serem entregues são os de Inhaúma, em obras. O de Irajá está em fase de projeto.

As novas vagas sociais são destinadas a familiares encaminhados pela Defensoria Pública com a comprovação de que não podem pagar pelo sepultamento, além de indigentes (corpos não são reclamados por parentes). Eles deixaram de ser enterrados exclusivamente no Cemitério de Santa Cruz. Após a concessão, esses sepultamentos passaram ocorrer em esquema de rodízio pelas concessionárias.

Covas rasas ganham gramado

No Cemitério de Ricardo de Albuquerque, um gramado toma forma numa quadra das chamadas covas rasas, destinadas à população carente e identificadas por cruzes brancas de cimento. Depois, a ideia é substituir as cruzes por lápides. Para o engenheiro Sandro Augusto Lobo Moreira, responsável pelo projeto, o plantio de gramado só tem vantagens:

— Além de combater a erosão, evita o crescimento de mato e inibe o aparecimento de roedores. Para as famílias, a vantagem é dar dignidade aos mortos.

Segundo o administrador do cemitério, Marcos Piter Pinto, a mudança não vai encarecer os sepultamentos — o custo é de em média R$ 250 por três anos. E a tendência é que a médio prazo as covas rasas sejam substituídas por jazigos sociais, hoje em obras orçadas em R$ 5 milhões.

— Em cinco anos, quando as gavetas forem concluídas, os sepultamentos vão ser feitos nelas — explica Marcos.

Com isso, as áreas que estão sendo gramadas poderão ganhar nova destinação, tornando-se cemitérios parques, dotados de cápsulas de concretos que evitam contaminar o solo. Até porque, por determinação da prefeitura, as covas rasas deverão ser desativadas.

Fonte: Jornal Extra

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