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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Paquistão inaugura cemitério de luxo

Apesar do alto custo de construção, cemitério não atende à rápida expansão urbana do país


Com um custo de US$ 1,5 milhão o governo do Paquistão inaugurou o cemitério Shehr-e-Khamoshan na província de Punjab. O cemitério tem freezers importados da Alemanha, 22 câmeras de vídeo que transmitem imagens de funerais e locais destinados aos velórios, onde os parentes e amigos estão protegidos do calor por diversos ventiladores de teto, que refrescam o ambiente.

O “modelo de cemitério” estatal, com suas largas aleias e gramados bem cuidados, destina-se à população de Lahore, a capital da província mais rica e populosa do país, com 11 milhões de habitantes. Mais três estão em construção na região. O Paquistão tem aumentado os esforços para atender a uma população urbana que cresceu de 28% em 1981 para 41% em 2017. Além disso, a fim de evitar irregularidades nas cobranças dos preços habituais das despesas de funerais por parte dos coveiros, o governo proibiu os enterros nos cemitérios públicos superlotados na cidade de Karachi, capital da província de Sinde, no sul do país.

A nova “cidade silenciosa” de Lahore foi construída com a preocupação de oferecer conforto às famílias durante os funerais e nas visitas aos seus entes queridos. Mas apesar das escavadeiras mecânicas e dos carrinhos de golfe para transportar pessoas idosas o atendimento à população será menos eficaz do que o previsto. Quando o governo de Punjab comprou o terreno, o plano era de construir um cemitério com capacidade para atender às necessidades de uma cidade em rápida expansão. Porém, o cemitério inaugurado no mês passado tem espaço para apenas 8 mil túmulos.

Algumas pessoas se preocupam com a possibilidade de o cemitério reduzir ainda mais o espaço para novos sepultamentos, ao dar aos familiares direitos de longo prazo sobre os lotes de seus parentes. Historicamente, os cemitérios muçulmanos conseguiram manter o número regular de sepulturas vazias por meio da reciclagem de túmulos. Os coveiros em Miani Sahib, um antigo cemitério no centro de Lahore, que tem espaço para cerca de 300 mil túmulos, recorrem a esse costume com o sepultamento de pessoas em túmulos que não são visitados.

Além de não suprir a deficiência da falta de espaço, o cemitério Shehr-e-Khamoshan pode reproduzir a divisão de classes sociais na vida cotidiana do país, ao oferecer um espaço diferenciado, disse o jornalista Zaigham Khan do The News, embora o governo afirme que qualquer pessoa que não possa pagar a taxa de US$ 200 receberá um lote de graça.

Fonte: Jornal Opinião e Notícia

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