Acusados da Lava-Jato terão equipamento que permite "prática de atividades físicas"

A Justiça Federal do Paraná, onde correm os processos da Lava-Jato, assinou um novo contrato de fornecimento de tornozeleiras eletrônicas para monitoramento dos seus sentenciados. Pelo novo acordo, o número de acusados vigiados poderá subir de 500 para até 1500. A informação foi revelada pelo colunista do GLOBO Ancelmo Gois.

Com demanda em alta, PF ganhará novas tornozeleiras eletrônicas

O acordo foi firmado com a Spacecom, que já fornece os equipamentos à Justiça Federal há quatro anos. O serviço engloba o fornecimento de tornozeleira e também o monitoramento. Cada um dos equipamentos custa R$ 149 e são à prova d'água.

A empresa fornecerá dois modelos para quem cumprir pena fora da prisão, um de duas peças e outro com apenas uma peça. Os dois modelos pesam menos que 185 gramas. Os dispositivos são equipados com mecanismos anti-fraude, como possível ruptura da tornozeleira e detecção de encobrimento proposital do sinal.

No site da empresa, que apresenta os produtos, entre as vantagens do aparelho estão seu tamanho e a comodidade do sentenciado, uma vez que o equipamento não é ligado à rede elétrica e ao corpo do acusado, evitando choques.

"Tornozeleira pequena, leve, confortável e não compromete o bem-estar do monitorado. Permitindo inclusive a prática de atividades físicas sem qualquer prejuízo", afirma a fabricante.

A cinta de fixação dos aparelhos é feita com fibra ótica, tem tamanho ajustável e é hipoalergênica (com poucas chances de causar alergia).

O equipamento também conta com suporte a dois chips de celulares, o que significa que a área de cobertura equivale à soma da área de duas operadoras de telefonia. O sentenciado, no entanto, não pode realizar a troca dos chips.

Fonte: Jornal O Globo