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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cientistas descobrem sistema que faz mosca da fruta evitar alimento estragado

Cientistas do Instituto Max Planck, na Alemanha, decodificaram, pela primeira vez, os mecanismos neurais relacionados ao reflexo de repulsa que as moscas da fruta (Drosophila) têm para evitar comer alimentos estragados e infectados por microorganismos tóxicos. Como a principal fonte de alimento da Drosophila é levedura de frutos fermentados, a mosca da fruta precisa saber distinguir com segurança frutas com leveduras das frutas com microorganismos tóxicos.

Eles descobriram que há uma ligação direta entre os neurônios e a antena da mosca que é ativada quando pequenas quantidades de geosmina – uma substância liberada por bactérias e fungos- estão no ar. Esta ligação faz com as moscas da fruta não se alimentem, nem deixem seus ovos na fruta apodrecida.

“Nós começamos com experimentos eletrofisiológicos e analisamos todos os neurônios sensoriais do olfato da antena da mosca”, disse Marcus Stensmyr, autor do estudo. O pesquisador explica que já neste estágio, apareceu o primeiro resultado inesperado: apenas um tipo de neurônio o “ab4b” respondeu ao a geosmina.

Stensmyr afirma que este estímulo substitui todos os sinais de odor de outros alimentos, independentemente de quão atraentes eles estão. “A geosmina é um sinal que impede moscas da fruta de se alimentar e de colocar ovos em alimentos tóxicos, semelhante a quando abrimos a geladeira e sentimos o cheiro do jantar esquecido na semana passada”, afirma o estudo.

Fonte: G1

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