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segunda-feira, 2 de março de 2015

Será que existe uma maneira de transformar suor em água potável?

Em tempos de escassez de água e de altas temperaturas em São Paulo, dois novos santos ganharam destaque na vida dos paulistanos, independente das opções religiosas: Ventilador e Ar Condicionado.


O São Ventilador, velho conhecido de todos nós é uma solução mais econômica e muito versátil, pois há dezenas de tipos disponíveis, com alternativas de design que atendem às preferências de consumidores mais simples, os rigorosos, e até alguns pós-modernos preocupados mais com a estética do que com o vento.

De modelos redondos até os de formato “torre”, existem marcas e preços para todos os bolsos. Com a sensação térmica superior aos 40ºC, os fabricantes e as lojas especializadas comemoram e torcem para que este verão avance o outono.

Já o Santo Ar Condicionado, bem comum nos ambientes corporativos e nos espaços fechados de grande circulação, virou coqueluche nas casas e nos apartamentos de quem tem grana, principalmente porque a relação custo X benefício, que não inclui a mão-de-obra de instalação, tornou esses produtos mais acessíveis, e há modelos que dispensam quebrar paredes e a contratação de um profissional especializado para coloca-los em funcionamento.

Se nos lugares fechados esses dois Santos minimizam os efeitos do calor, na rua o jeito é usar boné, chapéu, sombrinha, leque, toalhinha umedecida e até ventiladores portáteis movidos à pilha ou a bateria. Nada disso evita os efeitos da transpiração, os quais, durante o dia, podem resultar em alguns “eme-eles” de líquido.

E por falar nesse recurso hídrico vital, será que existe uma maneira de transformar suor em água potável ou, pelo menos, em condições de usá-la para limpezas ou para a nutrição das plantas, por exemplo?

Se alguém souber, peço o favor de divulgar essa fórmula auto-sustentável, que poderá contribuir para o rol de medidas educativas da Sabesp, empresa nenhum pouco Santa, que confiou a São Pedro a responsabilidade pela gestão dos nossos recursos hídricos, mas que se esqueceu de combinar as regras e os compromissos de cada uma das partes no ato da contratação. Por aqui, fico. Até próxima!

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas. 

Fonte: Envolverde

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