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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Cientistas tentam transformar gordura ‘do mal’ em variedade ‘do bem’

Um estudo mostrou que a gordura branca, o tecido que estoca energia e está associado à obesidade, pode ser transformado na gordura marrom, que faz o corpo queimar calorias.


Esse tipo de processo é estudado desde a descoberta das propriedades emagrecedoras da gordura marrom, presente em bebês mas rara em adultos. Cientistas buscam maneiras de converter um tipo de gordura no outro, mas desencadear esse processo ainda é um desafio.

Um grupo de cientistas da Divisão de Medicina da Universidade do Texas, porém, mostrou agora que tecidos submetidos a condições extremas de estresse podem desencadear essa transformação.

Estudando vítimas de queimaduras graves, um grupo liderado pelo cientista Labros Sidossis como esse processo ocorre sob condições específicas. O resultado do trabalho foi descrito em estudo na revista “Cell Metabolism”.

Adrenalina e estresse – Analisando amostras de tecido coletadas de 72 pacientes, os pesquisadores verificaram que regiões de gordura branca passaram a ser infiltradas por pequenos grupos de células marrons, mostrando que a transformação era possível. Foi a primeira demonstração de que era possível a mudança ocorrer mesmo após fim da infância.

Segundo os cientistas, o processo é desencadeado pela adrenalina, hormônio que prepara o organismo para responder a situações de estresse. Vítimas de fogo foram escolhidas para o estudo porque os cientistas já sabiam que queimaduras severas provocam grande liberação de adrenalina.

O mecanismo bioquímico de ação na transformação das células brancas em células marrons de gordura, afirmam os cientistas, tem relação com uma proteína chamada UCP1. É ela que, dentro da gordura marrom, causa a liberação de energia.

Ao ativar dentro das células as mitocôndrias – estruturas celulares que processam energia – a UCP1 faz o organismo gastar calorias apenas para produzir calor, sem que seja necessário empregá-la em movimentação muscular ou outro tipo.

Intervenção farmacológica – Apesar de terem elucidado esse mecanismo, porém, os cientistas afirmam que ainda não sabem como tentar induzir o processo artificialmente.

“Uma melhor compreensão das vias bioquímicas responsáveis por tornar marrom o tecido adiposo branco subcutâneo pode lançar as fundações para o desenvolvimento de intervenções farmacológicas para prevenir ou atenuar a obesidade e suas complicações metabólicas”, escrevem Sidossis e colegas no estudo.

Veja abaixo comentário em vídeo do endocrinologista Bruno Halpern sobre a tentativa da ciência de criar uma droga capaz de transformar gordura branca em marrom. 

Fonte: G1

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