De sexta-feira (23) até este domingo (25), o rio Itajaí-Açu já baixou 1,5 metro em Rio do Sul. De acordo com a última medição, no início da tarde, o nível estava em 9,23 m. As barragens de Taió e Ituporanga pararam de verter água no início da manhã deste domingo, informou a Defesa Civil estadual.

Ao todo, 20 municípios catarinenses decretaram situação de emergência, informou a Defesa Civil em balanço divulgado na tarde deste domingo (25). As últimas cidades a emitir o decreto foram Lontras e Pouso Redondo. Já chega a 98 o número de municípios afetados.

Mais de 30 mil pessoas foram afetadas no estado. Desse total, 2.959 foram para a casa de parentes ou amigos e 1.790 foram para abrigos.

Redução dos rios – Após inundações que atingiram especialmente o Vale do Itajaí e parte do litoral norte, quase todas as estação registravam neste domingo (25) diminuição gradativa do nível dos rios, com a exceção do Rio Negro, em Mafra, e do Rio Canoas, em Otacílio Costa, na Serra.

Na leitura das 9h, o Rio negro estava subindo e atingia nível de 7,47 m, com estado de alerta. Já o Rio Canoas subia lentamente na leitura das 8h, atingindo 9,21 m, o que é considerado nível de emergência.

Apesar de continuarem em situação de emergência, o nível do rio baixava neste domingo em Taió (9,69 m), Laurentino (10,65 m) e Rio do Oeste (9,35 m), na medição das 9h.

Em Três Barras, no Norte, o Rio Canoinhas baixava lentamente, a menos de 1 centímetro por hora e marcava 6,93 m, conforme a leitura das 9h. Em Rio Negrinho, o rio baixava e atingia 3,01 m às 10h, embora continuasse em situação de emergência.

Também baixava o Rio Iguaçu, em Porto União, no Norte, com 5,78 m na leitura das 9h, em estado de alerta.

Chuvas de outubro – De acordo com a Defesa Civil, os acumulados de chuva em Santa Catarina neste mês de outubro equivalem a quatro vezes o volume esperado para todo o mês em algumas regiões.

Conforme balanço das chuvas entre o dia 1º e o último sábado (24), os maiores volumes de chuva foram registrados em Rio do Campo (793,6 mm), Joinville (760,2 mm), Tangará (723,2mm), Rancho Queimado (719 mm) e Meleiro (708 mm).

Rio do Sul – Em Rio do Sul, que decretou situação de emergência na sexta-feira (23), o domingo (25) foi de muito trabalho para os moradores. Em um supermercado, funcionários faziam um mutirão de limpeza, embora a água ainda continuasse no pátio do estabelecimento.

Nas ruas da cidade, era possível encontrar restos de móveis e outros objetos perdidos na enchente. Conforme a Defesa Civil, 20 mil das 67 mil pessoas que vivem na cidade foram afetadas. Cerca de 4,6 mil imóveis foram atingidos. O prejuízo inicial estimado na cidade é de de R$ 15 milhões na iniciativa privada e R$ 1,2 milhão na agricultura. Um levantamento completo deve ser feito ao longo da semana.

Por causa do mau tempo, a presidente Dilma Rousseff cancelou no sábado (24) uma visita que faria a Rio do Sul.

Taió, também no Vale, mantinha neste domingo dois abrigos na cidade, com 206 pessoas. Outras 800 pessoas estão desalojadas. Quatro dos seis bairros têm pontos de alagamento. A cidade está dividida pelo rio que transbordou. Para ir de um lado a outro, só de canoa, trator ou caminhão, nos pontos onde a água baixou um pouco, informou a RBS TV no local. 

Fonte: G1