Colaboradores

Tecnologia do Blogger.

Seguidores

Arquivo do blog

Pesquisar neste blog

quinta-feira, 31 de março de 2016

Ceará não será o ‘paraíso’ dos combustíveis fósseis

O movimento global “Liberte-se dos combustíveis fósseis” no Brasil contará com a participação das entidades climáticas integrantes do Fórum Ceará no Clima, que estão determinadas a impedir que o estado continue a investir em termelétricas, indústrias poluentes, altamente emissoras de CO2 e consumidoras de água.


Por Redação da Coalizão Não Fracking Brasil –

Com a convicção que os cearenses e o povo brasileiro não merecem, não querem e não precisam da energia suja e perversa dos combustíveis fósseis, um dos fundadores do Fórum, professor da Universidade Estadual do Ceará e PhD em Ciências Atmosféricas Alexandre Araújo Costa, informa que está se articulando uma frente ampla para denunciar e resistir a mais essa tentativa do governo cearense em incentivar as termelétricas.

“É um absurdo que mesmo diante do agravamento da crise hídrica, muito motivada em função das mudanças climáticas, intensificadas pelas emissões de CO2 das termelétricas, o governo insista em transformar o Ceará no paraíso dos combustíveis fósseis. Não vamos permitir”, garante Alexandre.

Em pleno funcionamento desde 2011, a Termelétrica Energia Pecém, movida a carvão, é a maior do Brasil e é capaz de emitir até 6,5 milhões de toneladas de CO2 ao ano. Com a contribuição de outras termelétricas menores (como a Endesa, a gás natural) volume coloca o Ceará no segundo lugar nas emissões no país para geração de eletricidade, atrás apenas do Rio de Janeiro.

“Só essa unidade emite o equivalente à frota total de veículos do Ceará. É como se dobrássemos o número de carros e caminhões circulando. Uma tragédia em termos de mudanças climáticas”, alerta. As termelétricas fazem parte do Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CIPP), que abriga siderúrgica e terminal portuário, podendo ainda vir a contar com uma refinaria (que não foi implantada em virtude da crise da Petrobrás).

Crise hídrica e políticas na contramão

Não bastassem as emissões, a questão da água é igualmente alarmante. Somente a Termelétrica do Pecém consome 800 litros de água por segundo, a siderúrgica algo em torno 1.500 litros por segundo e a refinaria outros 1.000 litros por segundo. São mais de 3 m³/s para somente três empresas do complexo, o que equivale a praticamente o consumo da cidade de Fortaleza. Depois de secar a reserva de água em Caucaia, até o final do ano passado o complexo industrial estava retirando água do Açude Sítio Novos e até do Gavião, o mesmo reservatório que abastece a capital cearense. “Nossa previsão é que irá faltar água num futuro bem próximo e a população será a principal prejudicada, isto é fato”, assegura o professor.

Para piorar o que já é péssimo, o governo do estado encaminhou à Assembleia Legislativa uma proposta (Mensagem do Executivo 7.953/2016) que prevê redução de ICMS para incentivar a instalação de termelétricas a gás. Para a usina a carvão, já há subsídio para a água utilizada no processo de geração de energia. “Agora, querem ampliar esse desastre a um altíssimo custo socioambiental, comprometendo nossas poucas reservas de água e penalizando as pessoas que aqui vivem”, lamenta.

Energia sustentável

Para a diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira, o movimento global (Break Free 2016) pretende mostrar a importância de nos libertarmos dos combustíveis fósseis. Especialmente a região Nordeste, que concentra o maior potencial para renováveis entre todos os estados brasileiros. “Não faz sentido investir numa energia suja, socialmente injusta e que traz sérias consequências climáticas”, completa Nicole.

O Ceará já tem sofrido consequências do aquecimento global: Agravamento das secas, avanço do mar, ondas de calor cada vez mais severas, entre outros impactos. “Precisamos nos posicionar a favor da implantação de um sistema energético limpo, que não consuma água nem emita CO2 e que barateie as contas de energia das pessoas”, argumenta.

Movimento Climático

Juliano Bueno de Araujo, coordenador da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil e pela Sustentabilidade – entidade parceira da 350.org Brasil no movimento global ‘Liberte-se dos combustíveis fósseis’, enfatiza a importância da adesão dos integrantes do Fórum Ceará no Clima: “Precisamos estar unidos para lutarmos contra os hidrocarbonetos, especialmente nas questões que envolvem o fraturamento hidráulico (FRACKING) e o uso e contaminação da água, do solo e poluição do ar”.

O Fórum é a mais representativa organização do Ceará e realizou em novembro de 2015 a maior marcha climática do Brasil na véspera da Conferência do Clima (COP 21). Mais de 2 mil pessoas foram pedir o fim dos fósseis e a transição segura rumo a energias 100% sustentáveis. Em assembleia realizada no final de fevereiro, os integrantes do Fórum aprovaram a adesão à COESUS, assumido a coordenação regional da campanha NÃO FRACKING BRASIL no Ceará e a adesão ao Liberte-se. Para saber mais sobre o movimento, acesse www.liberte-se.org e saiba como participar.

Audiência Pública

Nesta quinta-feira, 31 de março, acontece às 14h30 na Assembleia Legislativa do Ceará, em Fortaleza, audiência pública para debater a mensagem que trata da redução da base de cálculo do ICMS para a instalação de novas termelétricas no esgado. A diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira, estará presente e representará o moviment Liberte-se dos Combustíveis Fósseis e a COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil.

Fonte: EnvolverdeO movimento global “Liberte-se dos combustíveis fósseis” no Brasil contará com a participação das entidades climáticas integrantes do Fórum Ceará no Clima, que estão determinadas a impedir que o estado continue a investir em termelétricas, indústrias poluentes, altamente emissoras de CO2 e consumidoras de água.

Por Redação da Coalizão Não Fracking Brasil –

Com a convicção que os cearenses e o povo brasileiro não merecem, não querem e não precisam da energia suja e perversa dos combustíveis fósseis, um dos fundadores do Fórum, professor da Universidade Estadual do Ceará e PhD em Ciências Atmosféricas Alexandre Araújo Costa, informa que está se articulando uma frente ampla para denunciar e resistir a mais essa tentativa do governo cearense em incentivar as termelétricas.

“É um absurdo que mesmo diante do agravamento da crise hídrica, muito motivada em função das mudanças climáticas, intensificadas pelas emissões de CO2 das termelétricas, o governo insista em transformar o Ceará no paraíso dos combustíveis fósseis. Não vamos permitir”, garante Alexandre.

Em pleno funcionamento desde 2011, a Termelétrica Energia Pecém, movida a carvão, é a maior do Brasil e é capaz de emitir até 6,5 milhões de toneladas de CO2 ao ano. Com a contribuição de outras termelétricas menores (como a Endesa, a gás natural) volume coloca o Ceará no segundo lugar nas emissões no país para geração de eletricidade, atrás apenas do Rio de Janeiro.

“Só essa unidade emite o equivalente à frota total de veículos do Ceará. É como se dobrássemos o número de carros e caminhões circulando. Uma tragédia em termos de mudanças climáticas”, alerta. As termelétricas fazem parte do Complexo Industrial e Portuário de Pecém (CIPP), que abriga siderúrgica e terminal portuário, podendo ainda vir a contar com uma refinaria (que não foi implantada em virtude da crise da Petrobrás).

Crise hídrica e políticas na contramão

Não bastassem as emissões, a questão da água é igualmente alarmante. Somente a Termelétrica do Pecém consome 800 litros de água por segundo, a siderúrgica algo em torno 1.500 litros por segundo e a refinaria outros 1.000 litros por segundo. São mais de 3 m³/s para somente três empresas do complexo, o que equivale a praticamente o consumo da cidade de Fortaleza. Depois de secar a reserva de água em Caucaia, até o final do ano passado o complexo industrial estava retirando água do Açude Sítio Novos e até do Gavião, o mesmo reservatório que abastece a capital cearense. “Nossa previsão é que irá faltar água num futuro bem próximo e a população será a principal prejudicada, isto é fato”, assegura o professor.

Para piorar o que já é péssimo, o governo do estado encaminhou à Assembleia Legislativa uma proposta (Mensagem do Executivo 7.953/2016) que prevê redução de ICMS para incentivar a instalação de termelétricas a gás. Para a usina a carvão, já há subsídio para a água utilizada no processo de geração de energia. “Agora, querem ampliar esse desastre a um altíssimo custo socioambiental, comprometendo nossas poucas reservas de água e penalizando as pessoas que aqui vivem”, lamenta.

Energia sustentável

Para a diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira, o movimento global (Break Free 2016) pretende mostrar a importância de nos libertarmos dos combustíveis fósseis. Especialmente a região Nordeste, que concentra o maior potencial para renováveis entre todos os estados brasileiros. “Não faz sentido investir numa energia suja, socialmente injusta e que traz sérias consequências climáticas”, completa Nicole.

O Ceará já tem sofrido consequências do aquecimento global: Agravamento das secas, avanço do mar, ondas de calor cada vez mais severas, entre outros impactos. “Precisamos nos posicionar a favor da implantação de um sistema energético limpo, que não consuma água nem emita CO2 e que barateie as contas de energia das pessoas”, argumenta.

Movimento Climático

Juliano Bueno de Araujo, coordenador da COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil e pela Sustentabilidade – entidade parceira da 350.org Brasil no movimento global ‘Liberte-se dos combustíveis fósseis’, enfatiza a importância da adesão dos integrantes do Fórum Ceará no Clima: “Precisamos estar unidos para lutarmos contra os hidrocarbonetos, especialmente nas questões que envolvem o fraturamento hidráulico (FRACKING) e o uso e contaminação da água, do solo e poluição do ar”.

O Fórum é a mais representativa organização do Ceará e realizou em novembro de 2015 a maior marcha climática do Brasil na véspera da Conferência do Clima (COP 21). Mais de 2 mil pessoas foram pedir o fim dos fósseis e a transição segura rumo a energias 100% sustentáveis. Em assembleia realizada no final de fevereiro, os integrantes do Fórum aprovaram a adesão à COESUS, assumido a coordenação regional da campanha NÃO FRACKING BRASIL no Ceará e a adesão ao Liberte-se. Para saber mais sobre o movimento, acesse www.liberte-se.org e saiba como participar.

Audiência Pública

Nesta quinta-feira, 31 de março, acontece às 14h30 na Assembleia Legislativa do Ceará, em Fortaleza, audiência pública para debater a mensagem que trata da redução da base de cálculo do ICMS para a instalação de novas termelétricas no esgado. A diretora da 350.org Brasil e América Latina, Nicole Figueiredo de Oliveira, estará presente e representará o moviment Liberte-se dos Combustíveis Fósseis e a COESUS – Coalizão Não Fracking Brasil.

Fonte: Envolverde

0 comentários:

Postar um comentário

Eco & Ação

Postagens populares

Parceiros