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terça-feira, 17 de maio de 2016

Bullying... do Professor???

Bullying é uma palavra que se tornou cada dia mais comum entre pais, filhos, escolas. Todos fazendo campanhas de prevenção e de conscientização sobre esse tipo de agressão.
Bom, minha filha tem 10 anos, estuda em uma escola pública e, até então, estava se saindo muito bem. Sempre foi instruída a não aceitar provocações nem agressões físicas ou verbais. E, que se algo assim acontecesse, procurasse a Professora para relatar o acontecido.

Mas, nunca me passou pela cabeça que uma Professora encarregada de orientar, educar, ensinar e torná-la uma adulta inteligente seria a responsável por agressão psicológica... Sim, a Professora.

Li no Estatuto do Magistério Catarinense que um dos deveres do professor é “empenhar-se pela educação integral do estudante, incutindo-lhe o espirito de solidariedade humana de justiça e cooperação...”. Acho, no entanto, que nem todos os professores conhecem essas regras!

Vou contar o que houve: no dia 01 de março de 2016, minha filha contou que a sua professora havia informado que as crianças deveriam colaborar com o custo de cópias xerográficas de exercícios necessários às provas que eles realizariam durante o ano. E os que não levassem a verba solicitada teriam “que se virar em imprimir em lan house”. O valor foi repassado. 

Em 08 de março de 2016, minha filha voltou ao assunto. A Professora dissera que os alunos, que não entregassem o valor solicitado até o dia 10 de março de 2016, ficariam  sem a atividade e ganhariam um ponto de interrogação no caderno. 

Fiquei incomodada com o tratamento dispensado aos alunos e decidi conversar com a Diretora da Escola. Ela me disse que, embora discordasse, estava ciente da cobrança. Apontou como solução conversar com a sua subordinada.

No dia 10 de março de 2016, minha filha chegou da escola dizendo que a Professora, após o momento de oração da escola, havia pedido que os alunos permanecessem em seus lugares e disse que estava chateada com ela e a amiguinha que me acompanhava no dia da conversa com a Diretora. Porque eu havia reclamado da cobrança e que, por causa disso, teria que tirar o valor do próprio bolso... Mas, ironizando, explicou que eu não iria ficar mais pobre por causa de oitenta centavos. Disse também que minha filha era uma aluna exemplar; que o pai dela era muito querido... Mas, quanto a mim, argumentou da seguinte forma: “que o problema não era ela e sim eu, pois eu tentava influenciar as outras mães e que ela estava há 14 anos na escola e que não seria retirada da escola por um motivo que não fosse grave; e que se eu não estivesse contente com ela como professora, que retirasse a minha filha da escola”. 

Minha filha encheu os olhos d’água diante do constrangimento em frente aos seus colegas de classe. E, enquanto narrava o incidente, também chorou...

Diante dessa situação, com a ajuda da minha mãe e advogada, registrei um boletim de ocorrência e elaborei um ofício comunicando à Diretora o ocorrido. Esta me disse que os fatos seriam encaminhados à Gerência da Educação local e seriam tomadas as devidas providências. Mas, infelizmente, esta providência não foi além de uma conversa informal entre Professora e Diretora...  nada mais que isso!

Deixei o assunto de lado, a fim de evitar maiores transtornos.

Infelizmente, no dia 03 de maio de 2016, minha filha relatou-me que, novamente, a estória das contribuições para cópias xerográficas veio à tona e deixou claro que não queria mais “confusão” porque, da outra vez, havia ficado internada após receber um “B.O. nas costas”, dos pais da minha filha. Mais uma vez, constrangeu a aluna diante de seus coleguinhas de aula. 

Novamente, registrei um boletim de ocorrência e documentalmente informei o problema à Direção da Escola. E acionei a Gerência local de Educação.

Finalmente, em 16 de maio de 2016, em uma reunião com Diretoria, Conselho Deliberativo da escola, advogados, foi possível viabilizar um acordo. Não haverá mais cobranças nem agressões... 

Embora o Estado forneça uma série de medidas protetivas para as crianças, não é fácil tarefa protegê-las de agressões.

Portanto, fica o alerta aos pais: perguntem aos seus filhos o que acontece dentro da sala de aula, dentro da escola ou do curso que possam frequentar... orientem-nos a procurar ajuda quando se sentirem constrangidos ou inferiorizados, seja por qualquer pessoa. Vamos manter olhos e ouvidos abertos.

Às vezes, confiamos demais em quem deveria estar ajudando e amparando nossas crianças!

Carolina Strelau, mãe de 1@ viagem

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