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segunda-feira, 10 de abril de 2017

Com possibilidade de contaminação, entidade pede para barrar enterros

Ação aponta grande quantidade de pessoas sepultadas nos cemitérios Central e Cabreúva e que a capacidade está esgotada; caso ocorre em Santa Bárbara

A APGA (Associação Paulista para Gestão das Águas) moveu uma ação contra a Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste por conta da situação dos dois cemitérios municipais da cidade. A entidade elaborou estudo técnico que concluiu que “existe a possibilidade” de contaminação do solo e dos lençóis freáticos por necrochorume, líquido produzido pelos corpos em decomposição. A ação pede, em caráter liminar, que sejam suspensas as atividades nos dois locais, impedindo novos sepultamentos até que sejam feitas análises e readequações.

De acordo com o advogado da entidade, Rafael Baitz, o problema presente em Santa Bárbara d’Oeste ocorre em todas as cidades brasileiras que possuem cemitérios. A APGA moveu ações contra 40 municípios para tentar obter soluções para a poluição.

A ação cita a grande quantidade de pessoas enterradas nos cemitérios Central e Cabreúva, apontando que a capacidade está esgotada. Além disso, apontam que os cemitérios foram construídos com formas de sepultamento obsoletas, que facilitam a contaminação.

Cemitério do Cabreúva tem sérios problemas, segundo o levantamento da APGA

No estudo técnico, segundo a ação foi verificada que as condições gerais de conservação dos cemitérios não são boas. Registros fotográficos mostram sepulturas com grandes fissuras e que estão ausentes instrumentos de controle de poluição do solo, tais como poços de monitoramento, tubulações para troca gasosa e sistema de captação, drenagem e tratamento das águas pluviais, que caso contaminadas pelo necrochorume, podem contaminar as águas de mananciais.

“A questão central é que são colocados corpos, que geram um líquido venenoso, diretamente no solo”, afirmou o advogado, que pede urgência na ação, alegando que a cada chuva, mais água entra nas sepulturas, e mais necrochorume pode estar poluindo o solo e os lençóis.

SUSPENSÃO

A entidade pede, em caráter liminar, a abertura de poço de monitoramento, coleta e análise tanto do solo como da água dos cemitérios, e que sejam suspensas as atividades nos dois, impedindo novos sepultamentos até que sejam feitas readequações. A ação pede também que, caso seja comprovada alguma contaminação, que a prefeitura construa um novo cemitério, além de fazer a recuperação ambiental dos eventuais danos.

A reportagem do Grupo Liberal apresentou os laudos e a ação à prefeitura de Santa Bárbara, que se posicionou apenas informando que mantém um monitoramento nos cemitérios e que tem conversas constantes com a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) “visando um amplo plano de investigação no Cemitério Central”.

Fonte: Jornal O Liberal

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