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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Sistema que permite receber e-mails de pessoas que já morreram

Você poderá receber um e-mail de uma pessoa que já morreu. Já é possível com o Chronos.


No começo de 2016, o português Miguel Sá estava esperando para embarcar num avião quando surgiu a seguinte dúvida: “e se eu morrer durante o voo? Como as pessoas vão descobrir minhas senhas, meus contratos de negócios e outras informações que só eu tenho?” Atormentado pela dúvida, Sá criou, durante o trajeto no avião, o embrião do Chronos, site lançado em março deste ano e que permite programar e-mails para serem enviados dentro de dias, meses ou décadas.

Basicamente, o Chronos — que conta apenas com uma versão desktop, sem aplicativos — é um cronômetro para mensagens mais potente e avançado do que os recursos presentes em e-mails tradicionais. Com ele, é possível escrever uma mensagem e adicionar arquivos direto do Dropbox com um atraso no envio de até 25 anos. Assim, ele possibilita que pessoas façam mensagens personalizadas para o momentos após a morte, enviando testamentos, desabafos e outros documentos importantes.

“Tem um grupo de pessoas que usam o Chronos para enviar e-mails dali alguns dias, meses ou semanas apenas para lembrar de um aniversário ou data importante”, afirma o fundador da plataforma, Miguel Sá, em entrevista ao Estado. “Mas a maioria dos usuários prepara mensagens e e-mails para serem enviados depois da morte, com informações importantes, como senhas de redes sociais ou documentos, ou apenas com mensagens de motivação ou desabafos.”

De acordo com Miguel, o serviço conta com “algumas centenas de usuários” — ele ainda não revela os números exatos, já que o site foi lançado em março e está sendo divulgado. No entanto, o fundador aposta que o Chronos deverá crescer nos próximos meses, conforme as pessoas entendem os recursos da plataforma. “Comecei o site sem ambição e já estou feliz com o resultado”, afirma o fundador, que ainda não planejou um meio de ganhar dinheiro com o seu novo negócio.
Além disso, Miguel ressalta que tomou cuidado com a segurança das mensagens agendadas no Chronos. Afinal, não seria agradável se uma mensagem póstuma fosse revelada antes da hora. “O usuário pode acrescentar tempo ao cronômetro, se quiser”, conta o fundador. “E se a pessoa preferir, pode subir arquivos mais delicados pelo Dropbox. Assim, o Chronos não tem acesso à nada.”

E quando perguntado sobre a sobrevivência do Chronos com o passar do tempo, Miguel Sá admite: as coisas devem mudar até seu e-mail póstumo chegar. “Coloquei o limite de 25 anos para o cronômetro não por limitação técnica, mas por acreditar que a tecnologia vai mudar até lá”, afirma o empreendedor. “Daqui 50 anos ou 70 anos, acho que a gente não vai precisar de uma tela ou de uma plataforma como o Chronos para mandar mensagens depois da morte.”

Fonte: Todas Funerárias

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