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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Califórnia/EUA impede parque SeaWorld de criar novas orcas em cativeiro

O governo da Califórnia aprovou a realização de uma obra de US$ 100 milhões para expandir os tanques do parque oceânico SeaWorld que abrigam orcas, mas o proibiu de criar novos animais em cativeiro.


A decisão foi comemorada por ativistas de direitos dos animais, já que na prática os animais hoje confinados no local não poderão ser repostos por outros à medida que forem morrendo.

A franquia do parque temático, que possui unidades em outros estados americanos, porém, continua podendo procriar esses cetáceos no resto dos EUA. A Comissão Costeira da Califórnia, autoridade de governo que baniu a reprodução das orcas em cativeiro, também vetou a comercialização e transferência de orcas em cativeiro.

Haverá exceção para casos de animais selvagens em risco que venham a ser resgatados, mas ainda não está claro quais serão os critérios para tal.

Em comunicado público, o SeaWorld, que tem sua matriz na Flórida, se disse decepcionado com as condições impostas ao projeto de expansão de suas instalações, com abertura programada para 2018. As obras vão triplicar o tamanho dos cercados onde ficam as orcas.

“A reprodução é uma parte natural, fundamental e importante da vida de um animal, e privar um animal social do direito de reprodução é desumano”, afirmou a direção do parque. A decisão do governo californiano também proíbe a manutenção de orcas capturadas no local, ponto que o SeaWorld não contestou. A empresa afirma deixou de abrigar cetáceos selvagens capturados há mais de 30 anos.

A receita do SeaWorld na Califórnia sofreu queda após 2013, quando foi lançado o documentário “Blackfish”, que sugere que as orcas são maltratadas e exibem comportamento de estresse, incluindo atitudes que causam ferimentos.

Na audiência em que o problema foi discutido na comissão costeira, o veterinário Hendrik Nollens, do SeaWorld, afirmou que filme faz “acusações fantasiosas” e disse que os animais vivem em ambientes enriquecidos e estimulados no parque. “Cuidamos desses animais como se fossem nossa família”, disse.

John Hargrove, ex-treinador de orcas do parque, afirmou em livro que as orcas são altamente medicadas e que as estruturas familiares dos grupos do animal são rompidas no parque. A reprodução em cativeiro, além disso, levou à criação de indivíduos híbridos “sem identidade social”, diz o biólogo.

Fonte: G1

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