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terça-feira, 13 de outubro de 2015

Vice-presidente do IPCC diz que ainda há tempo para limitar efeito estufa

A humanidade ainda tem tempo para evitar catástrofes irreversíveis, limitando a 2 graus Celsius o aumento da temperatura do planeta, embora para isso deve atuar de forma urgente, segundo a cientista brasileira Thelma Krug, recém escolhida vice-presidente do IPCC.

“Basicamente, temos as formas e os meios, tanto técnicos como econômicos, para limitar a mudança climática”, disse Kurg à Efe por telefone desde Dubrovnik, onde ontem terminou a sessão anual do Grupo Intergovernamental de Analistas em Mudança Climática (IPCC) em que foi eleita ao cargo.

O especialista explicou que esse objetivo implica em “limitar o aumento da temperatura média global (da Terra) a 2º Celsius no máximo”, em comparação com o clima de 2010.

Para isso, é necessário reduzir as emissões mundiais de gases do efeito estufa entre 40% e 70% em relação às de 2010 até 2050, e eliminá-los totalmente para 2100, explicou.

Esse objetivo “é possível. Mas para isto vamos precisar de mudanças muito grandes, de grande escala, particularmente nos sistemas de energia”, advertiu a pesquisadora.

Com 195 Estados-membros, o IPCC é o principal órgão internacional sobre a ciência do aquecimento, e seu trabalho recebeu em 2007 o Prêmio Nobel da Paz.

Krug lidera o Escritório de Relações Internacionais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais de São Paulo, e desde 2002 co-preside o Grupo Especial sobre as emissões nacionais de gases do efeito estufa do IPCC.

Na Cúpula mundial do Clima, que será realizada em Paris em dezembro, o IPCC enviará uma mensagem clara de que se não houver grandes esforços e se forem dados os passos necessários, o aquecimento da Terra terá consequências negativas irreversíveis nos sistemas, não só ambientais, mas também sociais e econômicos.

Em seu quinto e último relatório de avaliação, de 2014, o IPCC apresentou uma ampla gama de medidas tecnológicas e modificações de comportamento para conseguir alcançar a meta estabelecida de conter o aquecimento do planeta.

“Nossa mensagem também é de que é essencial iniciar essas medidas e mudanças de comportamento o mais rápido possível, porque mais tarde os custos serão muito maiores e só assim poderemos ter sucesso”, indicou Krug.

A especialista, de 64 anos, disse que como nova vice-presidente do IPCC, tentará conseguir uma maior participação de cientistas jovens e melhorar a identificação e o uso da literatura científica disponível nos países em desenvolvimento.

Krug comentou que a nova direção escolhida na reunião de quatro dias em Dubrovnik não só “é muito forte”, mas alcançou um equilíbrio maior de gênero na organização.

Como exemplo, lembrou que dos três vice-presidentes, duas são mulheres, e outras várias cientistas ocupam posições também fundamentais na nova direção.

Fonte: Terra

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