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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Rio de Janeiro tem carnaval sem reciclagem, artigo de Evelin Brito

A cidade do Rio de Janeiro, como candidata a “Cidade Olímpica”, deveria dar o exemplo, porém sequer garante a reciclagem das toneladas de resíduos, misturados a grande volume de materiais com potencial para a reciclagem, produzidos no Carnaval de 2016.


Este ano está comprometido o trabalho de catação de recicláveis pelos catadores(as), na Marquês de Sapucaí (Sambódromo), durante o carnaval que já é uma tradição. Porém, até o momento a LIESA (Liga das Escolas de Samba), responsável pelo espaço do Sambódromo, não se pronunciou quanto as credenciais dos catadores.

O descaso do poder público, principalmente da esfera que é responsável pela destinação adequada dos resíduos sólidos; a Prefeitura do Rio, atinge por ex. mais de 200 famílias de catadores da Cooperfuturo de Irajá, e agride o meio ambiente.

Com isso, somente neste carnaval, por exemplo, uma média de 140 toneladas de resíduos recicláveis como latas, papel, papelão, plástico, irão parar no aterro sanitário de Seropédica, contribuindo para poluir o meio ambiente. Esse montante poderia ajudar famílias de catadores e, a prefeitura estaria contribuindo para a AMPLIAÇÃO DA COLETA SELETIVA NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO que atualmente atinge um volume de apenas 2% do volume total produzido na Capital que é de 10 mil ton/dia.

Não é admissível que a cidade do carnaval e das Olimpíadas não atente para o aterramento de todo esse resíduo, como tem acontecido, também, com os resíduos dos blocos de rua.

A cervejaria AMBEV que anteriormente patrocinava 45 blocos, hoje patrocina somente 15. O restante dos blocos têm seus resíduos destinados para o aterro sanitário de Seropédica que recebe diariamente 10 mil toneladas de lixo oriundos da Capital.

O aterro CTR Seropédica foi equivocadamente instalado em cima do Aquífero Piranema que é uma das únicas reservas de água doce da Região Metropolitana fluminenses, havendo forte risco de contaminação por chorume em caso de vazamento.

O governo federal, por meio do Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades e Fundação Nacional de Saúde (Funasa) destinou R$ 1,2 bilhão para implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Durante a Conferência internacional Rio + 20, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) destinou mais de R$ 50 milhões para construção de 6 (seis) galpões de reciclagem que seriam destinados a cooperativas de catadores: no entanto, apenas 1 galpão foi construído, até o momento, e mesmo assim apresenta diversos problemas como equipamentos inadequados e pesados, destinação de lixo hospitalar altamente perigoso junto com os reciclados etc.

Matéria do Site G1 sobre lixo hospitalar na cooperativa de Irajá:


Diariamente, a Prefeitura do Rio de Janeiro gasta cerca de R$ 600 mil para enterrar a montanha de lixo produzido por seus moradores, enquanto isso não investe na Coleta Seletiva já que graças ao trabalho dos catadores recicla apenas 2% do volume total de lixo gerado na Capital que é de 10 mil ton/dia.

Evelin Brito – Diretora Presidente
Cooperativa Futuro de Irajá
coopfuturo.iraja@gmail.com

Fonte: EcoDebate

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