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segunda-feira, 2 de abril de 2018

Rios e igarapés no Pará está contaminados por metais tóxicos de mineradoras

Pelo menos nove rios e igarapés do Pará estão com níveis de metais tóxicos acima do permitido, após vazamento em depósito de rejeitos tóxicos de mineradora em Barcarena.


A informação consta no segundo relatório técnico do Instituto Evandro Chagas sobre denúncia de impactos ambientais e riscos à saúde humana nas atividades de processamento de bauxita da empresa Hydro Alunorte, divulgado na última quarta-feira.

O resultado da contaminação é água imprópria para consumo humano e pesca em diversas áreas analisadas.

O pesquisador Instituto Evandro Chagas, Marcelo Oliveira, disse que a contaminação se espalhou por vários rios. “Tivemos níveis elevados fora da legislação de cinco a seis elementos químicos, dependendo do ponto onde foi coletado.”

Segundo o pesquisador, o instituto já monitorava a qualidade da água na região e o aumento do volume de metais tóxicos coincide com o lançamento de rejeitos feito pela Hydro em fevereiro após fortes chuvas na região.

De acordo com o relatório, há níveis consideráveis de arsênio, chumbo, manganês, zinco, mercúrio, prata, cádmio, cromo, níquel, cobalto, urânio, alumínio, ferro e cobre.

Os dados da Instituto Evandro Chagas mostram que o levantamento de auto monitoramento apresentado pela empresa, para comprovar o despejo controlado e sem risco, por canais irregulares, por onde passavam efluentes não tratados, são falhos e insuficientes.

O médico e pesquisador do Instituo Evandro Chagas, Marcos Mota, destacou que ainda é preciso investigar mais sobre os danos provocados a saúde dos moradores das comunidades atingidas.

“A população, tendo acesso a grande quantidade dessas substâncias, pode ter efeitos nocivos, como comprometimento pulmonar e principalmente neurológico”, afirmou o médico.

O relatório recomenda que a água potável continue a ser disponibilizada até o final do período de chuvas à comunidades como Bom Futuro e Jardim dos Cabanos, abastecidas pelo rio Mucurupi.

O documento também indica que a água deve ser distribuída também para os municípios de Barcarena e Abaetetuba nas localidades banhadas por outros rios afetados.

Para o instituto, as águas superficiais e de consumo humano no entorno do empreendimento da Hydro devem ser continuamente bio monitoradas pela empresa.

A Hydro informou que ainda não teve acesso ao conteúdo integral do relatório e que vai analisar o material antes de se pronunciar. De acordo com a empresa, em abril serão apresentadas as conclusões de uma análise interna, e outra independente, para esclarecer todos os fatos relevantes em torno dos descartes de águas da chuva e águas superficiais da área da refinaria de alumina. 

Fonte AgBr

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