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terça-feira, 14 de maio de 2013

Mudanças climáticas reduzirão habitats de espécies pela metade até 2080, diz estudo

Não é novidade que as consequências das mudanças climáticas causam diversos prejuízos a vários ecossistemas, mas uma nova pesquisa publicada neste domingo (12) no periódico Nature Climate Change revelou o quanto poderão ser danificados. Segundo o estudo, se nada for feito para combater as mudanças climáticas, mais da metade das plantas e um terço dos animais poderão perder grande parte de seus habitats até 2080.

A análise sugere que sem a mitigação, “grandes diminuições podem ser esperadas, mesmo entre espécies comuns e disseminadas, atingindo uma redução global substancial nos serviços de biodiversidade e ecossistêmicos até o final desse século”.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas envolvidos no estudo avaliaram os efeitos do aquecimento global nos habitats de 48.786 espécies de animais e plantas.

Os números indicam que cerca de 57% das plantas e 34% dos animais provavelmente perderão 50% ou mais de uas zonas climáticas, ou seja, os locais em que as condições climáticas são propícias para sua existência. A pesquisa diz também que apenas 4% dos animais, e nenhuma planta, se beneficiariam do aumento das temperaturas, com o ganho de habitats.

De acordo com os resultados, plantas, anfíbios e répteis serão os mais afetados pelo aquecimento global, já que sua capacidade de adaptação é mais lenta do que a dos outros animais e do que as transformações ocorridas em decorrência das mudanças climáticas.

As áreas mais afetadas serão principalmente no Hemisfério Sul. “Sem mitigação, o clima se tornará particularmente inadequado para plantas e animais na África subsaariana, América Central, Amazônia e Austrália”, afirmaram os autores.

A análise aponta que, consequentemente, os seres humanos também sofrerão com os efeitos dessa perda de habitats, já que dependem de muitas espécies de plantas e animais para se alimentar, desenvolver medicamentos etc.

“Também haverá consequências para o homem porque há espécies que são importantes para a purificação a
água e do ar, para limitar as inundações e para o ciclo de alimentação”, colocou Rachel Warren, umas das
principais autoras, em um comunicado sobre o estudo.

Os pesquisadores acreditam que os resultados finais podem até ser “conservadores demais”, pois o estudo
considerou apenas a perda dos habitats em si, sem levar em conta outros fatores que poderiam até aumentar
a redução dos ecossistemas, como pestes ou doenças.

Embora algumas análises anteriores sugiram que alguns animais, como morcegos, lebres ou gambás, possam ser mais adaptáveis a novos climas do que o estimado, outras espécies, como rãs e sapos, mostram sofrer muito mais, aparentemente por causa de doenças micológicas agravadas pelos impactos das mudanças climáticas.

No entanto, há cientistas não envolvidos no estudo que acreditam que é impossível chegar a estimativas sobre o efeito do aquecimento global em plantas e animais. “É muito difícil conseguir o equilíbrio entre alarmes falsos e examinar os fatos. Simplesmente não sabemos se essas avaliações estão corretas”, explicou Carsten Dormann, professor do Centro Helmholtz para Pesquisa Ambiental, na Alemanha, à Reuters.

Apesar da controvérsia, o estudo argumenta que há formas de diminuir essa perda de habitats, principalmente com a mitigação das emissões de dióxido de carbono, que contribuem para o aumento das temperaturas.

Se iniciativas forem tomadas para reduzir as emissões, as perdas de habitat podem ser diminuídas em 60% – caso as emissões caíssem a partir de 2016 – ou em 40% – se as emissões fossem reduzidas a partir de 030.

“A terrível perda de biodiversidade prevista para este século mostra que o caos climático transformará fundamentalmente nosso planeta. Precisamos cortar emissões agora, antes que nossos ecossistemas sofram danos catastróficos”, declarou Shave Wolf, do Centro para Diversidade Biológica, em um comunicado sobre a pesquisa.

Fonte: Mercado Ético

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