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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O crescente mercado de produtos orgânicos: o consumidor

No Brasil, ocorreram até hoje duas pesquisas de mercado e de consumidores. A mais recente foi feita em 2005, pela Dra. Roberta Teixeira da Costa, com apoio do Carrefour, do Pão de Açúcar e do IBD. Os dados foram levantados em supermercados da zona Sudoeste de São Paulo e continuam sendo uma interessante fonte de informações.
Alguns dados da pesquisa:
• 82% dos entrevistados sabem o que é um produto orgânico
• 66% consomem orgânicos
• 46,8% consomem com frequência
• 78,7% dos consumidores de orgânicos são do sexo feminino
• 57,3% possuem curso superior completo
• 37,8% possuem renda acima de R$ 5.000
• 29,2% possuem renda de R$ 3.000 a R$ 5.000
• 25,2% possuem renda de R$ 1.000 a R$ 3.000
• 64% sabem o que é certificação
• 38,9% não deixam de comprar por causa do preço
• 30,9% deixam de comprar por causa do preço

Recentemente, em pesquisa realizada entre final de 2010 e início de 2011, a ORGANIC SERVICES, consultoria especializada em orgânicos, aplicou um questionário de pesquisa de opinião do consumidor em lojas e pontos de comercialização de orgânicos em várias capitais do país: São Paulo, Rio de janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Goiânia e Belém, além da internet. Mais detalhes no: www.pesquisaorganicos.com.br.

Dados interessantes do estudo são:
- O IBD aparece como o principal selo certificador de orgânicos, sendo reconhecido por 42% dos consumidores. A segunda colocada foi reconhecida por 28% dos pesquisados, e a terceira, por 25%.
- para 85% dos consumidores, o principal atributo dos produtos orgânicos é o benefício à saúde;
- o segundo atributo mais importante, para 65% dos pesquisados, é que os orgânicos oferecem mais segurança alimentar;
- a primeira lembrança ao pensar em orgânicos, para 64% das pessoas, é de que eles não contém agrotóxicos;
- 69% são do sexo feminino;
- 39% têm entre 46 e 60 anos; e 29 %, entre 31 e 45;
- 57% são casados, ao passo que 28% são solteiros e 10% divorciados;
- 31 % são assalariados e 24 %, profissionais liberais;
- 40 % têm nível superior completo; 33%, o ensino fundamental; e 14%, o ensino médio;
- sobre o perfil da renda dos entrevistados, 29% ganham entre R$ 1,5 mil e R$ 4,5 mil; 19% ganham entre R$ 4,5 e R$ 6 mil; 21% ganham entre R$ 6 mil e R$ 10 mil; e 8% ganham até R$ 15 mil – um dado surpreendente (por que?)
- supermercados, feiras e lojas – nessa ordem – são os locais preferidos de compra de orgânicos, porém é nas feiras onde ocorre o maior índice de satisfação da clientela;
- 29% dos consumidores revelaram disposição para pagar até 10% a mais pelos orgânicos;
- 48 % acreditam que os orgânicos tem qualidade superior;
- 53% entendem que orgânicos são bons para o meio ambiente;
- 27% não deixam de comprar orgânicos por causa do preço, embora 76% achem os orgânicos caros demais.

As perspectivas para os orgânicos são boas, porém os desafios maiores ainda. O setor esta desorganizado. Não há uma associação nacional forte que o represente.

Há lacunas tecnológicas importantes que limitam o sucesso dos orgânicos na produção de grãos e cereais, por exemplo. Isso faz com que os preços fiquem mais altos devido à baixa (e consequentemente cara) produção nacional, fazendo com que se tenha que aumentar as importações.

O governo lançou recentemente um Plano Plurianual para os orgânicos, mas fica a questão de como será a aderência a este plano.

A gestão dos sistemas de controle especificados em lei, que são três (por auditoria, sistema participativo e venda direta) é complexa. O governo, por meio do MAPA, deverá manter rigoroso controle sobre os vários agentes de venda através das certificadoras homologadas.

O apoio dos consumidores a essa forma de agricultura – que ao contrário do que muitos falam, aumenta a segurança alimentar significativamente – é muito bom, pois beneficia a própria saúde do consumidor, ajuda a preservar a natureza e consequentemente garante benefícios para a própria sociedade.

O setor é novo e sofre com a pouca oferta e, por conseguinte, preços altos devido à deficiência tecnológica e, em parte, à especulação do mercado.

Mas onde há vontade, há caminho. Este caminho somente poderá ser trilhado se todos ajudarem a forjar os trilhos.

Fonte: Mercado Ético

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