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quinta-feira, 20 de março de 2014

Vandalismo prejudica projetos de compartilhamento de bicicletas

Replicados da Europa com o objetivo de oferecer uma alternativa sustentável de transporte à população, os sistemas de compartilhamento de bicicletas sofrem, atualmente, com a falta de civilidade de vândalos, que depredam o patrimônio público e prejudicam os usuários.

Em São Paulo, o projeto Bike Sampa teve 13 estações desativadas em janeiro por conta do alto índice de furtos e vandalismo. “O Bike Sampa vem encontrando dificuldades em algumas estações na região central da cidade de São Paulo. Neste começo de ano, três estações (Glicério, Vai-Vai e Barão de Iguape) foram alvo de furtos e atos de vandalismo e o mobiliário foi retirado. Pelo mesmo motivo, as estações Praça da Sé, Santo Antônio, República, Liberdade, Anhangabaú, Mercado Municipal e São Bento, que estavam desativadas, também serão removidas, bem como Haddock Lobo, São Joaquim e Copan”, disse o Itaú em nota.

Com os mapas de segurança da PM, o Itaú quer colocar as 18 novas estações em locais que sejam mais “seguros” do que os anteriores. A região central tem hoje 22 estações ativas, de um total de 132 na cidade. Mais de 700 mil viagens de bicicleta foram feitas desde a inauguração do programa.

Bike Salvador

Na capital baiana, a estação do projeto Bike Salvador do Largo do Papagaio, na Cidade Baixa, já teve duas ocorrências de vandalismo registradas. Detalhe: foi inaugurada na terça-feira, 11 de março. Na quinta-feira (13), duas bicicletas tiveram rodas e peças furtadas e, antes, no mesmo dia da inauguração, bancos de algumas outras foram roubados e depredados.

O reparo das bicicletas e estações danificadas fica a cargo da empresa responsável pela manutenção
A estação foi inaugurada junto com outras seis no Terminal da França, Porto dos Tainheiros, largo da Ribeira e praça Conselheiro Almeida Couto.

De acordo com Isaac Edington, secretário do Escritório Municipal da Copa do Mundo (o projeto é de responsabilidade da prefeitura, em parceria com o banco Itaú e a empresa Serttel), a ocorrência de depredações em tão pouco tempo de operação pode fazer com que a estação seja desativada.

Câmeras de segurança

“É algo desagradável e a gente lamenta. Tem ronda da Guarda Municipal no local e estamos observando e monitorando. 

Se isso se repetir, só vai nos restar retirar essa estação”, ressaltou Edington ao jornal A Tarde.

Em fevereiro, a estação do Bonfim foi depredada e, em janeiro, as de Brotas e do Largo de Roma foram pichadas. Os culpados ainda não foram identificados.

Ainda assim, o secretário afirma que são “casos isolados”, e que em outras cidades onde há projetos semelhantes também houve vandalismo, “mas num indicador aceitável”.

Edington afirmou, ainda, que algumas estações contam com câmeras de segurança e que há um projeto em andamento para instalar mais dez em pontos estratégicos. Mas não foi determinado um prazo para que isso ocorra.

O reparo das bicicletas e estações danificadas fica a cargo da empresa responsável pela manutenção, e a cobertura de estragos do tipo está inclusa no contrato.

Veio para ficar

“Esse é um movimento que veio para ficar. Junto com o Salvador Vai de Bike (campanha da prefeitura para estimular o uso de bicicletas) vai tornar a cidade mais amigável para o ciclista, fazendo com que carros e bikes compartilhem o asfalto de forma mais harmônica”, disse.

Atualmente, o Bike Salvador conta com 40 estações, mas a do Porto da Barra foi temporariamente desativada por conta das obras de requalificação da orla. Nos seis meses em que opera na cidade, foram realizadas mais de 145 mil viagens e já existem 68 mil usuários cadastrados. As estações mais utilizadas são as da avenida Centenário, Jardim de Alah e Boca do Rio.

Fonte: Mercado Ético

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