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quinta-feira, 12 de março de 2015

Guarapiranga vai a 71,6% e supera nível que tinha há um ano

O Sistema Guarapiranga, que abastece 5,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo, alcançou nesta quarta-feira (11) o nível de 71,6% da capacidade e superou pela primeira vez em mais de um ano o nível que tinha 12 meses antes. No dia 11 de março de 2014, o nível era de 71,2%.


Desde o dia 1º de fevereiro de 2014, quando operava com 66,8%, que o sistema apresenta níveis inferiores ao que tinha 365 dias antes, segundo os boletins diários divulgados pela Sabesp. Apesar do aumento, a situação do abastecimento na Grande São Paulo ainda é crítica, principalmente em razão do baixo nível do Sistema Cantareira.

O Guarapiranga é beneficiado pelas chuvas que têm atingido a Grande São Paulo, já que se está localizado no perímetro da cidade. Nas últimas horas, a chuva registrada foi de 3 mm, e, no mês, chega a 105,4 mm, o equivalente a 68,7% do total esperado para o mês, de 153,2 mm.

Outros sistemas – O Guarapiranga não foi o único a subir nesta quarta-feira (12), segundo o boletim divulgado pela Sabesp às 9h. O Sistema Cantareira, o que vive situação mais crítica, subiu de 13,3% para 13,7%.

Trata-se da quinta alta seguida, após um mês que começou seco e com o sistema em estabilidade. Apesar disso, a seca no Cantareira faz o sistema perder hoje para o Guarapiranga em vazão e em número de pessoas abastecidas.

O Cantareira teve um corte de 56% na vazão em relação a fevereiro de 2014. A quantidade de água fornecida passou de 31,77 mil litros por segundo para 14,03. Já o Guarapiranga aumentou a vazão de 13,77 mil litros por segundo para 14,9.

Antes da crise, o Cantareira abastecia 8,8 milhões de pessoas, mas hoje produz água para 5,6 milhões de clientes na Grande São Paulo. O sistema conseguiu recuperar apenas uma quantidade de água equivalente à segunda cota do volume morto.

Os sistemas Alto Tietê, Rio Grande, Rio Claro e Alto Cotia também tiveram elevação de nível nesta quarta.

Fevereiro – O sistema Cantareira teve seu fevereiro mais chuvoso em 20 anos, com precipitação 61,9% acima da média histórica para o período, segundo a Sabesp. O conjunto de represas subiu 5,1 pontos percentuais e fechou o mês em 11,4%, melhor desempenho do sistema desde o começo da crise, em janeiro de 2014.

Segundo a Sabesp, choveu 322,4 mm sobre o Cantareira. A última vez que houve tanta precipitação foi em fevereiro de 1995, quando choveu 388 mm.

Até sexta (27), quando o nível ficou estável, com 11,4%, as represas vinham em uma sequência de 21 dias seguidos de alta no volume, que não caiu nenhuma vez em fevereiro.

Apesar disso, o conjunto de represas do Cantareira, que abastece 6,2 milhões de pessoas na Grande São Paulo, conseguiu recuperar apenas o 2º volume morto neste mês de fevereiro. A reserva técnica foi adicionada em outubro e elevou o nível em 10,7 pontos percentuais, ou 105,4 bilhões de litros.

A elevação, porém, deu-se graças a uma operação de contingência, com menor retirada de água do sistema e redução da pressão na rede em São Paulo. Na prática, a a medida tem deixado parte da população sem água em determinados períodos.

Rodízio – Apesar do desempenho de fevereiro, a situação do sistema ainda é crítica, já que o período de chuvas termina em março. O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou acreditar que não será necessária a implantação de um rodízio de água na Grande São Paulo, mas a alternativa ainda não foi descartada.

“Minha percepção é que não será necessário fazer rodízio. Porque eu fiz contas de quanta água temos em estoque, de quais os cenários de quanta água pode chegar e de quanta água está saindo”, afirmou, ressaltando não ser possível garantir que não haverá racionamento.

Segundo ele, as chuvas de fevereiro mudaram os prognósticos. O sistema Cantareira começou o mês com 5% da capacidade. As represas só terão recuperado a primeira cota do volume morto quando alcançarem 29,2% da capacidade.

Multa – A Sabesp começou a entregar neste mês contas de água com multa para quem excedeu a média do consumo. A sobretaxa na conta foi autorizada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a multa varia entre 40% e 100% para quem consumir mais água neste ano no comparativo entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

A multa foi de 40% para quem consumiu até 20% a mais do que a média do período anterior e a taxa foi de 100% para quem utilizou mais que 20%. A medida é válida somente na parte do gasto de água encanada, que representa metade do valor da conta. Os outros 50% são referentes ao serviço de coleta de esgoto. 

Fonte: G1

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