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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Chilenas desenvolvem dispositivo que usa planta para carregar celular

Nada de tomadas. Em um futuro próximo, talvez você recorra a um vaso de plantas para carregar seu celular ou seu tablet.

Chamado “E-Kaia”, um dispositivo criado por três jovens engenheiras do Chile só precisa de uma planta bem cuidada para obter energia suficiente para recarregar baterias e vem sendo considerado uma alternativa sustentável aos usuários de smartphones e tablets.

Por mais inverossímil que pareça, na prática, é preciso “ligar” o dispositivo enterrando-o em um vaso ou canteiro.

Como o E-Kaia ainda está em processo de registro de patente, suas criadoras não revelam muitos detalhes de seu funcionamento.

Segredos – Mas mesmo com tantos segredos, a engenheira industrial Carolina Guerrero, a engenheira de computação Camila Rupish e a engenheira eletrônica Evelyn Aravena conseguiram provar a eficiência das invenção delas.

O mecanismo funciona como um circuito que gera 5 volts e 600 miliamperes e se conecta ao celular ou o tablet por meio de um cabo USB.

Durante o processo de fotossíntese, a planta produz matéria orgânica que transforma energia da luz em energia química. Ao redor das raízes, os micro-organismos se encarregam de processar essa energia que a planta utiliza para crescer e também para gerar elétrons como produtos secundários.

O dispositivo captura os elétrons que a planta não precisa – e por isso ela não é afetada – para gerar a energia que o equipamento precisa.

Isso permite que em uma hora e meia seja possível dar uma carga completa em um celular ou um tablet.
Evelyn Aravena afirmou à imprensa local que “a ideia agora é deixar o dispositivo mais bonito, para torná-lo mais comerciável e também para que seja portátil e resistente”.

Estudantes – A ideia nasceu em 2009, quando as três estavam na universidade. Com o projeto, elas ganharam um prêmio de inovação do governo chileno, em 2014. E também foram semifinalistas em um concurso internacional, The International Business Model Competition, organizado por universidades de ponta, como Harvard e Stanford.

Neste ano, elas ganharam outro prêmio e um respaldo financeiro de um órgão do governo chileno para criarem o protótipo.

Há outras iniciativas similares no mundo. Na Holanda, um projeto usa o mesmo conceito, mas em uma escala distinta.

A Plant-e usa amplas áreas plantadas como fonte de energia limpa. Sua co-fundadora, Marjolein Helder, diz que estamos prestes a entrar em uma verdadeira revolução com esse tipo de energia.

O projeto holandês também absorve os elétrons e os transfere para um dispositivo, que é ligado ao celular ou tablet. Segundo Helder, com 1 metro quadrado de jardim pode-se produzir 28 quilowatt/hora em um ano.

Baseado em dados de consumo médio de um lar americano, seriam necessários 372 metros quadrados de área verde para fornecer energia a essa casa.

Agora, Plant-e quer implementar seu processo de geração de eletricidade não só em terra firma, mas também em pântanos e plantações de arros.

Custos – O custo de venda do carregador chileno ainda não foi calculado, mas as engenheiras já estão pesquisando materiais mais econômicos para produzi-lo. O protótipo custou US$ 504, um valor inacessível para a maior parte desse mercado.

A ideia é dar início a uma produção pequena, para gerar recursos e, depois, realizar um projeto em grande escala. Mas até lá, você já pode olhar vasos de plantas com outros olhos.

Fonte: G1

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