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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Energia fotovoltaica deve movimentar R$ 100 bilhões até 2030

A indústria da construção é o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva gerando consideráveis impactos ambientais, isto é o que apontam dados do Conselho Internacional da Construção – CIB.
Para minimizar estes impactos e reduzir a utilização de recursos naturais, o investimento em projetos arquitetônicos sustentáveis tem expandido cada ano a nível mundial. As construções sustentáveis são desenvolvidas apoiadas em um planejamento estratégico minucioso, que irá definir na escolha dos materiais – desde a composição da estrutura até o revestimento – que não agridam ao meio ambiente. Dentre os requisitos principais estão a redução do consumo de energia, o aproveitamento dos recursos naturais disponíveis, como luminosidade naturais e ventilação ao invés de ar condicionado e iluminação artificial durante o dia, maior controle e economia de água, conforto térmico e acústico, a utilização de madeiras reflorestadas, entre outras, garantindo sofisticação e originalidade.

A procura por energias alternativas tem sido um dos meios mais utilizados para a economizar na conta de luz, uma delas é a energia solar. De acordo com a Secretaria de Estado de Energia e Mineração de São Paulo, a transformação dessa energia para utilização térmica ou na geração de eletricidade se apresenta como uma oportunidade ímpar para o Brasil. Com extensão territorial e localização geográfica privilegiada, o país pode transformar essa fonte inesgotável em um importante recurso de sua matriz energética.

Nosso planeta recebe muita energia diariamente de forma limpa e gratuita. Os raios solares, além de trazerem a luz e o calor, podem ser aproveitados para a geração de energia tanto na forma de calor como na eletricidade. Para se ter uma ideia, uma hora de sol na superfície da Terra contém mais energia do que o planeta utiliza em um ano. É uma riqueza imensurável.

Um dos sistemas mais indicado para aproveitar esta energia é o fotovoltaico (foto que significa em grego “luz” e voltaica (que vem da palavra volt) que é a unidade para medir o potencial elétrico). A principal matéria-prima deste sistema é o silício – presente na maioria dos componentes semicondutores – e o Brasil possui uma das maiores reservas de silício do mundo.

Mas como este processo todo é desenvolvido? O raio solar é transformado em eletricidade em uma célula fotovoltaica, fabricada com materiais conhecidos como semicondutores (silício). As células solares captam a radiação do sol e utilizam os fótons da luz para gerar energia. Esta eletricidade, que está em corrente contínua, passa por inversores – painéis solares – para que seja convertida em corrente alternada com as características da nossa rede elétrica. Em sua maioria, o material destes painéis é feito por células de silício (Si) e pode ser dividido em módulos monocristalinos ou policristalinos. Após passar pelo inversor, esta energia pode ser utilizada em aparelhos elétricos da residência. É importante ressaltar que, mesmo em dias nublados, o módulo fotovoltaico gera energia elétrica, porém numa intensidade menor do que em dias mais claros. Como conhecimento, a radiação solar na região menos ensolarada do país é 40% maior do que na região mais ensolarada da Alemanha, por exemplo, que é um dos líderes no uso de energia fotovoltaica.

“A energia fotovoltaica é uma tecnologia extremamente nova no território brasileiro, porém sua instalação é fácil e rápida. O sistema pode ser instalado em telhados residenciais ou comerciais, próximos ou diretamente no local onde é necessária a energia. Ou seja, este sistema independe daquela energia gerada em grandes instalações centrais – hidrelétrica – ou em grandes parques eólicos. Garanto que este sistema tem grande potencial no Brasil”, afirma Hanns Martin Drope, diretor da Divisão de Energia Solar na Fronius do Brasil.

Cenário brasileiro – A população tem pago altas taxas de energia elétrica e sempre estamos na “berlinda” quando o assunto é água. Estes fatores têm impulsionado o número de instalações do sistema fotovoltaico. As pessoas e empresas estão, cada vez mais, criando sua independência, investindo em energia solar – tecnologia acessível – para que possa garantir o consumo sem depender de fontes tradicionais.

Com apenas três anos de atuação no Brasil – a partir da resolução 482/2012 – o sistema garante a todos – públicos residencial, comercial ou industrial – que optarem pela energia solar, descontos na conta de luz. “Ou seja, se o sistema gerar mais energia do que o consumido, a energia excedente será injetada na rede pública. Esta medição é realizada através de um medidor de energia bidirecional – fornecido pela concessionária local – que quantificará os quilowatts-horas injetados de energia solar. Este excedente será analisado e calculado, para que o consumidor receba um desconto em sua conta de luz”, explica Martin.

Para Fronius, não há dúvidas de que, em um curto espaço de tempo, o Brasil conseguirá gerar e armazenar sua própria energia 100%. “Temos a expectativa e perspectiva de armazenar esta energia solar em baterias e tê-las sempre disponíveis – mesmo quando o sol não brilhe – ou seja, 24 horas”, acredita Martin.

Fonte: EcoDebate

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