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sexta-feira, 12 de julho de 2013
Manifestações e a resposta do Poder Público: 1 milhão de brasileiros surpreendem as autoridades
Mais de um milhão de brasileiros foram às ruas em pelo menos 80 cidades do país. As “marchas de junho”, como já estão sendo chamadas por alguns analistas, estão sendo comparadas à primavera árabe, às recentes jornadas turcas e ao Ocuppy Wall Street, movimentos em que as novas tecnologias também foram protagonistas na mobilização dos cidadãos.
Os livros de história vão descrever esse período como aquele em que o “#giganteacordou” e a população gritou “#vemprarua” só para citar duas das hashtags que incitaram o movimento nas redes sociais.
Protestos que eclodiram a partir da mobilização de jovens pelas páginas do Facebook e do Twitter e que estamparam uma insatisfação latente que só esperava um motivo para explodir. Começou com o aumento do bilhete de ônibus em São Paulo e ganhou o país assim que foram inauguradas as arenas construídas pelo governo para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Os protestos passaram de virtuais a presenciais. Saúde, educação e transporte “padrão Fifa” e o combate à corrupção eram as reivindicações mais comuns.
A multidão, nas ruas, marchou até a sede de governos e legislativos locais, surpreendendo autoridades. Uma mobilização diferente, sem precedentes na história do país, mas, segundo Marcelo Minutti, especialista em mídias digitais, um fenômeno próprio desta geração. Com uma comunicação eficiente, rápida, sem a mediação de sindicatos ou partidos, de muitos para muitos, cujo resultado foi uma mobilização em tempo recorde de liderança difusa, conforme explica o especialista.
“A qualquer momento uma fagulha pode acender novamente e as pessoas se mobilizarem em volta de temas. Então, isso é uma tendência e o Poder Público tem que saber lidar com isso no dia a dia. A construção de porta-vozes hoje é extremamente diferente da construção de porta-vozes que a gente enfrentava no momento anterior. Então, os porta-vozes do Poder Público hoje devem estar preparados para não conversar só com poucas lideranças, mas dialogar com essa grande massa de indivíduos, muitas vezes sem face, que estão nas redes sociais.”
A mobilização por um país melhor partiu de lideranças que não são políticas, mas indivíduos com capacidade para disseminar informação. Os influenciadores digitais, citados por Minutti, são gente como Ariadne Martins, jovem advogada que integra o movimento Acorda Brasília, com mais de 3 mil adesões no Facebook e que surgiu da necessidade de organizar a pauta de reivindicações da manifestação.
“Nosso grupo surgiu para abraçar pautas gerais, tudo direcionado da melhor maneira possível. A gente ainda não estabeleceu objetivamente todas as nossas pautas porque estamos estudando os projetos de lei que já existem para fazer algo extremamente organizado e que possa abranger todos os tipos de pessoas.”
Classificadas de “caos criativo” pelo sociólogo catalão Manuel Castells, as manifestações no Brasil reuniram a sociedade em sua diversidade. A direita, a esquerda, os malucos, os sonhadores, os realistas, os ativistas, os piadistas, os revoltados. Um movimento, segundo Castells, contra o monopólio do poder por parte de partidos altamente burocratizados. Na passeata que reuniu mais de 30 mil em frente ao Congresso Nacional, fomos à rua ouvir algumas dessas ideias.
“A possibilidade de a pessoa se candidatar sem ser de algum partido.”
“Minha proposta é a portabilidade do voto: você individualmente ter capacidade de entrar no sistema eleitoral e fazer a retirada do seu voto a seu candidato, uma única vez, e à medida que o candidato for perdendo os votos, ele acaba perdendo seu mandato.”
“O Congresso Nacional hoje para o Brasil inteiro quem fala que mora em Brasília, você mora na cidade onde só tem bandido, está errado, tem que mudar, o Congresso tem que mudar a forma como ele age e a gente tem que seguir em frente para um rumo melhor, para um Brasil melhor, com corrupção não vai chegar a isso aí.”
O cientista político e professor da Universidade de São Paulo José Álvaro Moisés avalia que as marchas apontam para a necessidade de renovação dos partidos políticos.
“No Brasil, os partidos se transformaram em máquinas que exclusivamente elegem e fazem todo o esforço para se manterem no poder. Perderam o contato com a sociedade. Eu fiz várias pesquisas de cultura política sobre isso.
Os livros de história vão descrever esse período como aquele em que o “#giganteacordou” e a população gritou “#vemprarua” só para citar duas das hashtags que incitaram o movimento nas redes sociais.
Protestos que eclodiram a partir da mobilização de jovens pelas páginas do Facebook e do Twitter e que estamparam uma insatisfação latente que só esperava um motivo para explodir. Começou com o aumento do bilhete de ônibus em São Paulo e ganhou o país assim que foram inauguradas as arenas construídas pelo governo para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Os protestos passaram de virtuais a presenciais. Saúde, educação e transporte “padrão Fifa” e o combate à corrupção eram as reivindicações mais comuns.
A multidão, nas ruas, marchou até a sede de governos e legislativos locais, surpreendendo autoridades. Uma mobilização diferente, sem precedentes na história do país, mas, segundo Marcelo Minutti, especialista em mídias digitais, um fenômeno próprio desta geração. Com uma comunicação eficiente, rápida, sem a mediação de sindicatos ou partidos, de muitos para muitos, cujo resultado foi uma mobilização em tempo recorde de liderança difusa, conforme explica o especialista.
“A qualquer momento uma fagulha pode acender novamente e as pessoas se mobilizarem em volta de temas. Então, isso é uma tendência e o Poder Público tem que saber lidar com isso no dia a dia. A construção de porta-vozes hoje é extremamente diferente da construção de porta-vozes que a gente enfrentava no momento anterior. Então, os porta-vozes do Poder Público hoje devem estar preparados para não conversar só com poucas lideranças, mas dialogar com essa grande massa de indivíduos, muitas vezes sem face, que estão nas redes sociais.”
A mobilização por um país melhor partiu de lideranças que não são políticas, mas indivíduos com capacidade para disseminar informação. Os influenciadores digitais, citados por Minutti, são gente como Ariadne Martins, jovem advogada que integra o movimento Acorda Brasília, com mais de 3 mil adesões no Facebook e que surgiu da necessidade de organizar a pauta de reivindicações da manifestação.
“Nosso grupo surgiu para abraçar pautas gerais, tudo direcionado da melhor maneira possível. A gente ainda não estabeleceu objetivamente todas as nossas pautas porque estamos estudando os projetos de lei que já existem para fazer algo extremamente organizado e que possa abranger todos os tipos de pessoas.”
Classificadas de “caos criativo” pelo sociólogo catalão Manuel Castells, as manifestações no Brasil reuniram a sociedade em sua diversidade. A direita, a esquerda, os malucos, os sonhadores, os realistas, os ativistas, os piadistas, os revoltados. Um movimento, segundo Castells, contra o monopólio do poder por parte de partidos altamente burocratizados. Na passeata que reuniu mais de 30 mil em frente ao Congresso Nacional, fomos à rua ouvir algumas dessas ideias.
“A possibilidade de a pessoa se candidatar sem ser de algum partido.”
“Minha proposta é a portabilidade do voto: você individualmente ter capacidade de entrar no sistema eleitoral e fazer a retirada do seu voto a seu candidato, uma única vez, e à medida que o candidato for perdendo os votos, ele acaba perdendo seu mandato.”
“O Congresso Nacional hoje para o Brasil inteiro quem fala que mora em Brasília, você mora na cidade onde só tem bandido, está errado, tem que mudar, o Congresso tem que mudar a forma como ele age e a gente tem que seguir em frente para um rumo melhor, para um Brasil melhor, com corrupção não vai chegar a isso aí.”
O cientista político e professor da Universidade de São Paulo José Álvaro Moisés avalia que as marchas apontam para a necessidade de renovação dos partidos políticos.
“No Brasil, os partidos se transformaram em máquinas que exclusivamente elegem e fazem todo o esforço para se manterem no poder. Perderam o contato com a sociedade. Eu fiz várias pesquisas de cultura política sobre isso.
A identificação, em meados dos anos 80 até a Constituinte, era em torno de 45% a 50% que tinham identidade partidária. Isso caiu e hoje é menos de 20%. Esse é um fenômeno que tem a ver com o desempenho dos partidos. Eu acho que os partidos têm que entender que o que as ruas estão pedindo é que eles se renovem, que eles sejam capazes de se refundarem, se reorganizarem e de alguma maneira buscar esse contato de maneira permanente.”
Sociólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Paulo Baía vai além e fala em crise de representatividade e das instituições.
“O movimento de rua está pressionando a reinvenção de todas as instituições e de todas as representações políticas tradicionais, elas têm que se reinventar, porque se não se reinventarem, outras virão em seu lugar.”
Na semana seguinte às manifestações, a presidente Dilma Rousseff reuniu, no Palácio do Planalto, governadores, prefeitos e os presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal para buscar soluções para as demandas sociais. Propôs cinco pactos em favor do país: responsabilidade fiscal; reforma política; saúde; transporte e educação; também pediu prioridade no combate à corrupção, e uma nova legislação que classifique a corrupção dolosa como equivalente a crime hediondo, com penas mais severas. O Congresso se apressou em votar propostas reivindicadas nas manifestações: derrubou a PEC que limitava poderes investigativos do Ministério Público, reduziu encargos incidentes sobre o transporte público e destinou recursos do petróleo para educação e saúde.
Reportagem: Geórgia Moraes
Edição: Mauro Ceccherini
Fonte: EcoDebate
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