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quarta-feira, 25 de setembro de 2013
O papa, a fome no mundo e a economia “verde”
Na Sardenha, ilha mediterrânea que anda às voltas com um nível altíssimo de desemprego, o papa Francisco, simpático líder de 1,1 bilhão de católicos no mundo, surpreendeu ontem ao criticar, de improviso, o modelo econômico atual e o mercado, a quem chamou de “Deus dinheiro que leva a essa tragédia (do desemprego)”. E, na oração, pediu: “Senhor, dai-nos trabalho e ensina-nos a lutar pelo trabalho”.Na reunião da Assembleia Geral da ONU de hoje será apresentado o relatório “Investimentos para acabar com a pobreza”, da organização independente Iniciativas do Desenvolvimento. Segundo a repórter Lucianne Carneiro adiantou no jornal “O Globo” , o estudo vai mostrar que mesmo no cenário mais otimista de crescimento da economia e de diminuição de desigualdade de renda, a pobreza extrema no mundo não será zerada até 2030, como queria a ONU. Daqui a 17 anos teremos, num cenário otimista, 107,9 milhões de miseráveis e, num cenário pessimista, 1,04 bilhão.
E hoje também começará a ser apresentado ao público o relatório feito pelos cientistas do IPCC (Intergovernment Panel on Climate Change). Há três dias, a agência de notícias Associated Press, dos Estados Unidos, divulgou uma espécie de segundo high light do estudo (a Reuters já tinha dado uma prévia semelhante há um mês). Segundo a AP, os cientistas tomaram um susto quando descobriram que as mudanças climáticas diminuíram de intensidade nos últimos 15 anos(veja aqui).
Os estudos levam a acreditar, no entanto, que as emissões de carbono aumentaram e a mão do homem, sim, com 95% de certeza, afeta o clima.
Tudo isso está acontecendo no mês em que se registra o quinto aniversário da quebra do Lehman Brothers, que vai continuar sendo, pelo menos em tese, um marco do início da grande crise econômica mundial. E o que os tomadores de decisões fizeram de lá para cá a fim de evitar que ela se propague ainda mais? Segundo Martin Wolf, editor do “Financial Times”, recolocaram em funcionamento as máquinas de crédito, entendendo que esta é a única maneira que eles conhecem para restaurar a saúde de nossas economias. Mais crédito, mais produção, mais emprego, mais renda, mais consumo… Mesmo introduzindo nesta equação a escassez dos recursos naturais, consequência do consumismo, a receita que o sistema econômico vigente encontra para sair da crise ainda é esta.
Uma das coisas que aprendi quando comecei a estudar sustentabilidade, há cerca de dez anos, é que neste mundo globalizado nada acontece isoladamente. Estar atento a isso talvez seja o nosso papel de cidadãos. Vejam só: há uma área do tamanho da América do Sul que foi desmatada para a agricultura e outra do tamanho da África para criar gado, aponta um estudo do Global Water System Project lançado ano passado na Rio+20. E, mesmo assim, milhões de pessoas passam fome.
Do que é que se está falando, verdadeiramente?
Eu também não sei. Mas gosto de escarafunchar autores que me ajudem a refletir. No artigo “Market”, que faz parte do livro “The Development Dictionary, a Guide to Knowledge as Power” (Zed Books), o cientista social e professor da Universidade de Lausanne Gérald Berthould, que criou o Movimento Anti-Utilitarista nas Ciências Sociais, alerta para a insustentabilidade da obrigação de se perseguir o desenvolvimento e o crescimento econômico a qualquer custo. E traz para o centro do debate os países do Terceiro Mundo, cujos moradores não participam do mundo fantástico do desenvolvimento e, por isso, ficam de fora da roda e das decisões.
“Desenvolvimento através do mercado é, então, um processo seletivo: apenas aquelas áreas que prometem crescimento econômico são consideradas. Para a grande maioria, que luta para obter as necessidades básicas da vida, o consumo fica muito distante”.
Com a Rio+20, propagou-se o termo economia verde. Em tese, seria uma forma diferente, inovadora, de se pensar o setor. Mas os críticos percebem que o adjetivo colorido só replica o modelo que levou a tanta exclusão: será que tudo pode ser comprado e vendido? Para a geógrafa Bertha Becker (morta há um mês), em entrevista à repórter Martha Neiva Moreira para o caderno “Razão Social”, trata-se de mercantilizar a natureza:
— É mais uma tentativa para sair da crise econômica e não um novo mecanismo de desenvolvimento, mais responsável, como precisamos. Fortalece a iniciativa privada. Sim, nós precisamos dela, mas não podemos ficar submetidos a ela.
Para Peter May, economista que nos anos 90 trouxe para o Brasil o conceito de Economia Ecológica e se tornou um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, assim como os recursos naturais são finitos, a economia também tem que ter um limite.
“Os mecanismos de mercado que a ONU buscou para discutir o desenvolvimento sustentável são de comando e controle, sem grandes mudanças de paradigmas. Discutem pagamentos por serviços ambientais, a internalização de custos ambientais em produtos, energias limpas etc. A Economia Ecológica propõe alterações no nosso modelo de economia, onde crescimento não tem sido sinônimo de desenvolvimento”, disse May à repórter Camila Nobrega em entrevista para a edição de junho de 2012 também no “Razão Social”.
Em nome do desenvolvimento e do crescimento econômico, é preciso fazer vigorar a utopia do mercado que, segundo Berthould, difunde em todo o mundo que ser livre e feliz é consumir. “Até mesmo as pessoas são reduzidas a bens de consumo”, diz o estudioso francês. Para ele, se é que há uma saída, esta tem que vir da relação entre as pessoas. O individualismo excessivo, o utilitarismo excessivo, estariam pondo em risco o mundo.
“Dentro da mentalidade dominante do mercado, nós estamos sendo menos humanos. O valor das relações humanas está se perdendo. Na verdade, é justamente isso que se está destruindo em nome do desenvolvimento”, diz Berthould.
Quando se encontrou, ainda ontem, com representantes do mundo acadêmico, o Papa Francisco disse que o problema maior é quando, numa crise, as pessoas se resignam, se paralisam e perdem a vontade e a inteligência. Isso é mesmo fácil de acontecer com pessoas que não têm acesso nem mesmo ao alimento para conseguir se levantar depois de uma noite. Mas, com certeza, não é o que acontece no sistema financeiro, onde tudo é mais fácil, ágil, haja visto a emergencial ajuda que os governos deram aos bancos e às empresas quando estourou a crise.
E, vejam só, também o Papa, assim como Berthould, aposta na cultura da proximidade entre as pessoas, conclamando os acadêmicos para providenciarem o início desta mudança. Mais perto umas das outras, usando mais a boca e os ouvidos em vez de teclados, talvez elas fiquem mais fortes para criar novos modelos.
Ouvindo e lendo, ouvindo e lendo, vou tirando minhas conclusões. Mas ainda falta muito para encontrar a solução. A saída pode vir, de fato, pelas micropolíticas. Não, na verdade as saídas, assim mesmo, no plural. E não custa pensar também que os países ricos possam, efetivamente, agir para além de seu quintal e ajudar os países pobres.
No mais, vou continuar buscando e replicando informações e ideias que realmente proponham modelos diferentes. É meu papel.
* Amelia Gonzalez é jornalista, editou o caderno Razão Social, no jornal O Globo, durante nove anos, e nunca mais parou de pensar, estudar, debater e atualizar o tema da sustentabilidade, da necessidade de se rever o nosso modelo de civilização. Em pauta, questões ligadas à economia, ao meio ambiente, à sociedade.
Fonte: Mercado Ético
E hoje também começará a ser apresentado ao público o relatório feito pelos cientistas do IPCC (Intergovernment Panel on Climate Change). Há três dias, a agência de notícias Associated Press, dos Estados Unidos, divulgou uma espécie de segundo high light do estudo (a Reuters já tinha dado uma prévia semelhante há um mês). Segundo a AP, os cientistas tomaram um susto quando descobriram que as mudanças climáticas diminuíram de intensidade nos últimos 15 anos(veja aqui).
Os estudos levam a acreditar, no entanto, que as emissões de carbono aumentaram e a mão do homem, sim, com 95% de certeza, afeta o clima.
Tudo isso está acontecendo no mês em que se registra o quinto aniversário da quebra do Lehman Brothers, que vai continuar sendo, pelo menos em tese, um marco do início da grande crise econômica mundial. E o que os tomadores de decisões fizeram de lá para cá a fim de evitar que ela se propague ainda mais? Segundo Martin Wolf, editor do “Financial Times”, recolocaram em funcionamento as máquinas de crédito, entendendo que esta é a única maneira que eles conhecem para restaurar a saúde de nossas economias. Mais crédito, mais produção, mais emprego, mais renda, mais consumo… Mesmo introduzindo nesta equação a escassez dos recursos naturais, consequência do consumismo, a receita que o sistema econômico vigente encontra para sair da crise ainda é esta.
Uma das coisas que aprendi quando comecei a estudar sustentabilidade, há cerca de dez anos, é que neste mundo globalizado nada acontece isoladamente. Estar atento a isso talvez seja o nosso papel de cidadãos. Vejam só: há uma área do tamanho da América do Sul que foi desmatada para a agricultura e outra do tamanho da África para criar gado, aponta um estudo do Global Water System Project lançado ano passado na Rio+20. E, mesmo assim, milhões de pessoas passam fome.
Do que é que se está falando, verdadeiramente?
Eu também não sei. Mas gosto de escarafunchar autores que me ajudem a refletir. No artigo “Market”, que faz parte do livro “The Development Dictionary, a Guide to Knowledge as Power” (Zed Books), o cientista social e professor da Universidade de Lausanne Gérald Berthould, que criou o Movimento Anti-Utilitarista nas Ciências Sociais, alerta para a insustentabilidade da obrigação de se perseguir o desenvolvimento e o crescimento econômico a qualquer custo. E traz para o centro do debate os países do Terceiro Mundo, cujos moradores não participam do mundo fantástico do desenvolvimento e, por isso, ficam de fora da roda e das decisões.
“Desenvolvimento através do mercado é, então, um processo seletivo: apenas aquelas áreas que prometem crescimento econômico são consideradas. Para a grande maioria, que luta para obter as necessidades básicas da vida, o consumo fica muito distante”.
Com a Rio+20, propagou-se o termo economia verde. Em tese, seria uma forma diferente, inovadora, de se pensar o setor. Mas os críticos percebem que o adjetivo colorido só replica o modelo que levou a tanta exclusão: será que tudo pode ser comprado e vendido? Para a geógrafa Bertha Becker (morta há um mês), em entrevista à repórter Martha Neiva Moreira para o caderno “Razão Social”, trata-se de mercantilizar a natureza:
— É mais uma tentativa para sair da crise econômica e não um novo mecanismo de desenvolvimento, mais responsável, como precisamos. Fortalece a iniciativa privada. Sim, nós precisamos dela, mas não podemos ficar submetidos a ela.
Para Peter May, economista que nos anos 90 trouxe para o Brasil o conceito de Economia Ecológica e se tornou um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica, assim como os recursos naturais são finitos, a economia também tem que ter um limite.
“Os mecanismos de mercado que a ONU buscou para discutir o desenvolvimento sustentável são de comando e controle, sem grandes mudanças de paradigmas. Discutem pagamentos por serviços ambientais, a internalização de custos ambientais em produtos, energias limpas etc. A Economia Ecológica propõe alterações no nosso modelo de economia, onde crescimento não tem sido sinônimo de desenvolvimento”, disse May à repórter Camila Nobrega em entrevista para a edição de junho de 2012 também no “Razão Social”.
Em nome do desenvolvimento e do crescimento econômico, é preciso fazer vigorar a utopia do mercado que, segundo Berthould, difunde em todo o mundo que ser livre e feliz é consumir. “Até mesmo as pessoas são reduzidas a bens de consumo”, diz o estudioso francês. Para ele, se é que há uma saída, esta tem que vir da relação entre as pessoas. O individualismo excessivo, o utilitarismo excessivo, estariam pondo em risco o mundo.
“Dentro da mentalidade dominante do mercado, nós estamos sendo menos humanos. O valor das relações humanas está se perdendo. Na verdade, é justamente isso que se está destruindo em nome do desenvolvimento”, diz Berthould.
Quando se encontrou, ainda ontem, com representantes do mundo acadêmico, o Papa Francisco disse que o problema maior é quando, numa crise, as pessoas se resignam, se paralisam e perdem a vontade e a inteligência. Isso é mesmo fácil de acontecer com pessoas que não têm acesso nem mesmo ao alimento para conseguir se levantar depois de uma noite. Mas, com certeza, não é o que acontece no sistema financeiro, onde tudo é mais fácil, ágil, haja visto a emergencial ajuda que os governos deram aos bancos e às empresas quando estourou a crise.
E, vejam só, também o Papa, assim como Berthould, aposta na cultura da proximidade entre as pessoas, conclamando os acadêmicos para providenciarem o início desta mudança. Mais perto umas das outras, usando mais a boca e os ouvidos em vez de teclados, talvez elas fiquem mais fortes para criar novos modelos.
Ouvindo e lendo, ouvindo e lendo, vou tirando minhas conclusões. Mas ainda falta muito para encontrar a solução. A saída pode vir, de fato, pelas micropolíticas. Não, na verdade as saídas, assim mesmo, no plural. E não custa pensar também que os países ricos possam, efetivamente, agir para além de seu quintal e ajudar os países pobres.
No mais, vou continuar buscando e replicando informações e ideias que realmente proponham modelos diferentes. É meu papel.
* Amelia Gonzalez é jornalista, editou o caderno Razão Social, no jornal O Globo, durante nove anos, e nunca mais parou de pensar, estudar, debater e atualizar o tema da sustentabilidade, da necessidade de se rever o nosso modelo de civilização. Em pauta, questões ligadas à economia, ao meio ambiente, à sociedade.
Fonte: Mercado Ético
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