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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Primeiro estudo do ar de Fukushima confirma altos níveis de radiação

A Agência da Energia Atômica do Japão (JAEA, na sigla em inglês) completou o primeiro estudo detalhado de contaminação do ar nos arredores da usina nuclear de Fukushima e confirmou altos níveis de radiação, informou nesta terça-feira (24) o jornal “Asahi Shimbun”.O órgão público, encarregado de pesquisar e promover a energia atômica, conseguiu fazer uma medição da área mais próxima à central nuclear, em um raio de 3 km em torno dela, através do o uso de um helicóptero com controle remoto, no fim do ano passado.

Até agora, não era possível analisar a radiação aérea nesse setor, devido à proximidade dos reatores danificados pelo tsunami de 11 de março de 2011. Graças ao helicóptero não tripulado, a JAEA detectou mais de 19 microsieverts (unidade de medida usada para avaliar efeitos da radiação) por hora a 1 metro acima o solo nas áreas imediatamente ao sul e a oeste da usina, segundo os dados recém-divulgados.

Apesar de as leituras na direção noroeste terem sido menores (entre 9,5 e 19 microsieverts por hora), a instituição destacou que, mesmo assim, os níveis também estão relativamente altos. A JAEA divulgou ainda a radiação medida, em dezembro do ano passado, de 10 mil pontos diferentes dentro de uma área de 80 km ao redor da usina, situada a cerca de 220 km da capital, Tóquio.

O resultado mostra que o volume de radiação nessa área caiu 36% em relação aos dados obtidos pela primeira vez em junho de 2011, três meses após o acidente nuclear. A JAEA explicou que essa queda se deve principalmente à diminuição dos níveis de césio-134, isótopo que tem uma vida média de dois anos e que também foi “varrido” por sucessivas chuvas.

Apesar disso, em 60% da área foram detectados níveis de 1 millisievert por ano (quantidade máxima recomendada pela Comissão Internacional de Proteção Radiológica) ou mais. Em todo caso, a quantidade de radiação em casas e prédios caiu 35% em relação a junho de 2011, e nas vias que atravessam zonas de florestas (onde os materiais radioativos tendem a se acumular) a queda foi de 44%, graças aos trabalhos de descontaminação.

O desastre na central de Fukushima forçou o deslocamento de 52 mil pessoas que viviam em torno da usina e afetou a pesca, a agricultura e a pecuária locais.

Fonte: G1

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