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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Projeto Tamar completa 25 anos de serviços ambientais em Ubatuba/SP

A unidade do Projeto Tamar, em Ubatuba, completa 25 anos em 2015. Nesse período, o local já recuperou mais de 15 mil tartarugas marinhas com os trabalhos de prevenção e um centro de reabilitação.

O trabalho no litoral norte é pioneiro. Por causa da temperatura da água, a cidade do litoral norte paulista não é uma área de reprodução das tartarugas, que preferem as praias do nordeste para a desova, já que a temperatura da água é mais quente. As tartarugas que chegam à Ubatuba estão à procura de peixes para se alimentarem e o Tamar tem o objetivo de conciliar a atividade dos pescadores com a vida dos animais.

“A primeira coisa que nós fizemos aqui foi um levamento das espécies que vêm para cá e com quais outras espécies elas interagem. A partir daí, começamos um trabalho de conscientização com os pescadores”, conta a coordenadora Berenice Gomes.

Quando os animais são encontrados debilitados, eles são recolhidos e encaminhados a um centro de reabilitação do projeto. “Muitas tartarugas ingerem plásticos jogados no mar, porque confundem com alimento. Isso traz problemas para o animal, ele fica fraco, flutua, não se alimenta, pode ter uma série de infecções e até acabar morrendo”, explicou o biólogo Henrique Becker.

Desde o início do projeto foram cerca de 15 mil tartarugas recuperadas. Desse total, cerca de 10.300 foram devolvidas ao mar. Para os pesquisadores, os 35 anos do projeto no país são simbólicos, porque também representam a idade de uma tartaruga adulta.

“Como elas vivem até cem anos, demoram para ficar adultas e entrarem no período de reprodução. Então demora até termos um resultado com elas”, diz Henrique.

Segundo os pesquisadores, desde que o projeto começou, 20 milhões de filhotes de tartarugas já foram para o mar com o auxílio do Tamar. “Dá uma sensação de missão cumprida. Já tenho 25 anos aqui e vou continuar trabalhando”, diz a coordenadora Berenice.

Visitantes – Os visitantes do Tamar podem ter contato com cerca de 30 tartarugas de cinco espécies diferentes. O destaque dos pesquisadores são as tartarugas albinas que, sem condições de sobreviverem no mar, estão sendo tratadas em tanques.

O centro de visitantes do Tamar de Ubatuba funciona às segundas, terças, quintas, sextas, sábados e domingos. O local fica fechado para manutenção às quartas-feiras.

O ingresso individual custa R$ 16 (inteira) e R$ 8 (meia para estudantes e crianças com até 12 anos). Para grupos acima de 20 pessoas, agendados previamente, os ingressos saem a R$ 14 cada. O passaporte familiar, para um casal com duas crianças, é de R$ 38. Idosos e crianças com até 1,20 metro não pagam.

Fonte: G1


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