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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Arquitetura do futuro usa pneus velhos, barro e garrafas para construir casas

A bioconstrução utiliza técnicas tradicionais, elementos naturais e reaproveita diversos materiais usados.


A arquitetura do futuro está diretamente ligada às técnicas do passado. O projeto Earthship Biotecture é prova disso. O conceito, criado pelo norte-americano Michael Reynolds, busca construir casas sustentáveis e autossuficientes utilizando sistemas simples e de baixa tecnologia.
As casas construídas dentro dos parâmetros de Earthship são feitas, sempre que possível, com materiais reaproveitados e todas elas possuem sistemas de aproveitamento de calor e produção de energia limpa. Esses cuidados reduzem drasticamente os impactos da obra, quando comparada às tradicionais, aumentam a eficiência e promovem a independência energética.

Apenas no estado norte-americano do Novo México, onde o projeto está situado, Reynolds já construiu mais de 15 residências sustentáveis feitas com materiais reaproveitados, como pneus, garrafas, latas e argila. Em sua apresentação, o projeto é classificado como um sistema de construção que vai além dos padrões estabelecidos pelo selo LEED, uma das certificações de construção sustentável mais populares do mundo.

As técnicas de bioconstrução utilizadas nos projetos de Earthship estão diretamente ligadas às formas mais antigas e tradicionais de construção. O uso de materiais disponíveis em abundância, como areia, terra e madeira, não é nenhuma novidade. Atrelado a isso estão os cuidados com os elementos naturais em todas as fases do projeto, para que recursos como a luz solar e a ventilação natural sejam totalmente aproveitados.

Em entrevista à CNN, Reynolds explicou o que leva esta metodologia a ser a solução para problemas atuais e futuros. Segundo ele, o grande benefício é conseguir ter moradias e até mesmo construções de grande porte que funcionem de maneira independente das estruturas governamentais. Não é necessário gastar muito tempo e dinheiro desenvolvendo sistemas de produção e distribuição de energia se cada residência consegue se manter sozinha.

Além disso, o fato de ser construído com matérias-primas alternativas não significa que a residência perde valor de mercado, pelo contrário. Entre as casas construídas dentro dos padrões de Earthship existem residências comercializadas por até US$ 1,5 milhão. A redução dos custos com os materiais permite um lucro ainda maior do que o de algumas casas construídas de forma tradicional.

Com o intuito de disseminar o conceito de bioconstrução, o Earthship possui cursos e oficinas presenciais de construção. Mas, qualquer pessoa pode acessar o material didático no próprio site do projeto para aprender a trabalhar com os materiais e entender tudo o que é necessário para construir sozinho uma casa sustentável. As técnicas sustentáveis ainda incluem projetos de residências com agricultura orgânica, reaproveitamento e tratamento de água e resíduos. As possibilidades são inúmeras e variam de acordo com as necessidades e condições de cada local.

Fonte: Ciclo Vivo

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