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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Benefícios da alimentação com produtos orgânicos, artigo de Roberto Naime

A produção de orgânicos otimiza recursos naturais e socioeconômicos, além de respeitar a cultura das comunidades rurais e incrementar e melhorar as relações de saúde.


Produção orgânica objetiva a sustentabilidade econômica e ecológica, e minimizando o uso de energias não-renováveis e sem utilizar organismos modificados geneticamente ou radiações ionizantes.

Nas últimas décadas houve um crescimento muito grande com relação à preocupação a alimentação e sua relação com a saúde, e por isso as pessoas começaram a investir numa alimentação mais saudável.

Esta mudança de comportamento fez crescer o número de produtores de alimentos orgânicos. Ao contrário dos alimentos convencionais, os produtos orgânicos utilizam técnicas específicas, que respeitam o meio ambiente e potencializam as sinergias ambientais e os serviços ecossistêmicos durante todo o seu processo de produção.

Estes alimentos são obtidos de maneira mais natural, por isso são mais saudáveis e até mais saborosos e nutritivos. Além de frutas, verduras, legumes, grãos e ovos, vem sendo implementada também a produção de carnes orgânicas.

Na produção de ovos e carnes, o cuidado com o rebanho ou a granja é grande, já que os animais não sofrem maus-tratos e não passam por estresse. A alimentação deles é feita com grãos, cereais, sementes, verduras e legumes orgânicos e os animais são criados sem a aplicação de hormônios, anabolizantes e antibióticos. Por isso, os ovos e as carnes orgânicas são mais saudáveis.

Nos grandes centros urbanos, por exemplo, os alimentos orgânicos são encontrados à venda em “Feiras Orgânicas” ou “Feiras Verdes”, que vendem exclusivamente produtos orgânicos. Já nas “feiras livres”, as barracas de orgânicos ainda são em menor número.

É lícito ou relevante evidenciar que apesar de serem alimentos orgânicos, os cuidados com a higiene devem ser os mesmos que com os alimentos convencionais. Os alimentos orgânicos crus devem ser bem lavados e em água corrente, pois também há o risco de contaminação por bactérias e coliformes fecais.

Cana e açúcar orgânicos; grãos como soja, cacau, arroz, café; gengibre, guaraná; frutas como manga, morango, uva, pêssego, rapadura orgânica, cítricos, banana; tomate orgânico e legumes. Também néctares e sucos de frutas, geleias e cosméticos, estão na relação de orgânicos já produzidos no país.

Os alimentos orgânicos evitam os problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas e estudos tem demonstrado que, os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até câncer.

Por outro lado alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados, com organismos agindo sinergicamente em suas funcionalidades ecossistêmicas, acrescidos de adubação natural, produzem alimentos com maior valor nutritivo.

Alimentos orgânicos são mais saborosos. O sabor e aroma são mais intensos e em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam modificar sua composição.

Agricultura orgânica não emprega substâncias químicas ou agrotóxicos. A intensa utilização destas substâncias na produção de alimentos, afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como fundamento de sua atividade a preservação dos recursos naturais.

Evita a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio
consorciado, compostagem, e outras. Os solos se mantém férteis pela harmonia que se estabelece entre substrato físico e micro-organismos, com o solo permanecendo sempre produtivo.

Cultivos orgânicos e agroecológicos protegem a qualidade da água. Já os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis freáticos e subterrâneos e poluem rios e lagos.

Neste contexto, a biodiversidade é protegida, e também toda a vida animal e vegetal em geral. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, que constitui parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.

A produção orgânica ajuda os pequenos agricultores, sendo proveniente de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico é responsável pela fixação do homem ao campo, revitalizando as comunidades rurais.

Os cultivos orgânicos dispensam os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se fundamenta no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes. Os derivados de petróleo também sustentam a intensa mecanização.

Produtos orgânicos são certificados. A qualidade dos produtos orgânicos é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificação é a garantia do consumidor de adquirir produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.

Fonte:
http://espacovivamais.com.br/mais-saude/os-beneficios-da-alimentacao-organica-para-saude-e-o-meio-ambiente.html

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

Fonte: EcoDebate

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