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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Funerária de Divinópolis não dá atendimento a morto obeso

A manicure Silvania Rodrigues Pereira (foto), 29, não se conforma com a dificuldade que teve para providenciar o enterro do seu tio Vanderlei Rodrigues, 39, que morreu na quinta (16) de infarto.


Ela chamou serviço funerário municipal de Divinópolis (MG), que respondeu não poder atendê-la porque o corpo de Rodrigues pesava demais, quase 200 quilos, e não havia um carro em condições de aguentá-lo nem um caixão que o coubesse.

“Em Divinópolis só pode morrer gente magra, porque gordo, mesmo depois de morto, é vítima de preconceito”, disse.

Divinópolis fica a 121 km de Belo Horizonte e tem população de 217 mil habitantes – é, portanto, uma cidade média cuja arrecadação de impostos deveria ser suficiente para manter um serviço funerário decente. O prefeito é Vladimir Faria de Azevedo (PSDB).

Silvania teve de contratar uma funerária da cidade vizinha Carmo do Cajuru, com 20 mil habitantes. Lá, ficou sabendo que, da parte das funerárias, o preconceito contra os obesos é antigo, porque a urna, a 20B, que lhes é reservada é chamada de “caixão-baleia”.

“Se eu não tivesse encontrado essa funerária de outra cidade, o Vanderlei não teria sido ainda enterrado.”

O corpo foi sepultado no cemitério público de Divinópolis, o Divino Espírito Santo, embora a lei proíba que defunto de funerária privada seja mandado para lá.

Silvania teve de assumir uma dívida de R$ 3 mil a qual ela ainda não sabe como conseguirá pagar, mesmo tendo sido parcelada em três vezes. A manicure está indignada porque, primeiro, foi humilhada e, agora, está endividada.

Até sexta-feira, a prefeitura da cidade não tinha se prontificado a ajudar a manicure.


Fonte: Paulopes

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