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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Sugestão para melhorar o tratamento de esgoto em Araruama, RJ, artigo de Paulo Afonso da Mata Machado

A utilização de lagoas com plantas aquáticas para tratarem tanto o esgoto doméstico como o efluente industrial é uma realidade tanto nos Estados Unidos como no Canadá. O tratamento com plantas aquáticas é muito superior ao tratamento convencional de esgoto, seja anaeróbio seja aeróbio.


Na cidade de Araruama, no Rio de Janeiro, o esgoto é tratado por meio de plantas aquáticas. Após o tratamento preliminar, o esgoto segue para lagoas de aeração, onde a matéria orgânica é degradada e os compostos de nitrogênio e de fósforo são oxidados a nitrato e a fosfato. Em seguida, o esgoto é encaminhado a lagoas de sedimentação para os resíduos sólidos serem decantados. Plantas aquáticas, localizadas na superfície, removem os nutrientes produzidos na fase anterior. Finalizando o tratamento, ocorre um processo de irrigação, inundação e infiltração em leitos cultivados com plantas aquáticas, com o objetivo de remoção dos nutrientes ainda presentes no líquido, de modo a produzir um efluente que possa ser descartado no rio.

Interessante é o aproveitamento do excesso de plantas removido das lagoas para evitar a eutrofização. A maior parte do material removido é destinada à confecção de adubos orgânicos, sendo que os vegetais de interesse na produção de artesanato são doados às famílias do entorno que, assim, têm um acréscimo de renda. Além disso, parte do lodo é destinada a um biodigestor, visando à produção da energia utilizada no consumo da estação.

Lamentavelmente, o mesmo cuidado não vem sendo tomado com o efluente líquido, pois o tratamento que é feito objetiva, tão somente, fazer com que esse efluente possa ser descartado no rio de acordo com as normas do Conama. Apesar de estar em condições de ser transformado em água potável ou, pelo menos, em água de reúso, isso não ocorre.

Sugerimos que a estação de tratamento de esgoto de Araruama promova os ajustes necessários para possibilitar ao efluente tratado ser fornecido à população local, a preços razoáveis, seja na forma de água potável, seja na forma de água de reúso, esta com vistas à produção de alimentos.

Paulo Afonso da Mata Machado, Engenheiro Civil e Sanitarista

Fonte: EcoDebate

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