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quinta-feira, 27 de julho de 2017

Em estado de abandono, cemitério na Grande SP tem até morador em túmulo

Globo Cidade fazia reportagem sobre abandono do cemitério Vila Rio, em Guarulhos, quando encontrou homem vivendo em túmulo. Necrópole tem até ossadas a céu aberto.


O cemitério Vila Rio, o maior municipal de Guarulhos, na Grande São Paulo, está em estado de abandono. Um passeio curto pela necrópole é suficiente para encontrar diversos tipos de problema. São jazigos furtados, lixo e até pedaços de caixões espalhados. O local, que deveria servir de residência para os mortos, tem até um homem, vivo, morando em um túmulo.

O habitante inusitado foi descoberto pela equipe do Globo Cidade durante a produção de uma reportagem para mostrar o descaso com a zeladoria do cemitério. Ele vive onde deveriam ficar caixões e foi flagrado pelas câmeras enquanto fazia uma refeição. Ao perceber que era filmado, escondeu-se e não quis gravar entrevista ou conversar com o repórter.

O cemitério Vila Rio tem 180 mil m² e foi construído ainda na década de 70 durante o “boom” demográfico de Guarulhos que, hoje, é uma das dez maiores cidades do país em números de habitantes. A necrópole é administrada pela Prefeitura da cidade e frequentemente alvo de ladrões que buscas ornamentos, portas e outras peças de metais que compões os jazigos.

A falta de vigilância é tamanha que, durante as duas horas em que a equipe do Globo Cidade esteve no local, não foi abordada por ninguém – mesmo com câmera e microfone em mãos. Além do problema dos furtos, há lápides em pedaços, jogadas pelos cantos do cemitério, e lixo por toda parte. Até ossadas podem ser vistas sobre a terra em alguns pontos.

O cuidado com os restos mortais de fato não é uma característica do Vila Rio, segundo uma mulher, que preferiu não se identificar. O filho dela foi enterrado no cemitério há quatro anos. Os ossos do rapaz foram, depois, exumados e jogados no ossário. O processo, no entanto, só foi descoberto quando a mãe foi visitar o túmulo e encontrou a terra revirada.

"Quando eu cheguei lá, para a minha surpresa, não tinha mais nada. Estava tudo revirado. Tinham ossos espalhados. Parecia filme de terror", conta a mulher. "Agora não tem mais como enterrar os ossos, não tem mais como enterrar meu filho, fazer absolutamente nada. Se me derem um saco com ossos, eu vou saber quem é? Ali realmente parece que tinham matado ele de novo", completou.

De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços de Guarulhos, todas as famílias são avisadas sobre os processos de exumação. “Temos um procedimento que é assim: você manda uma carta avisando o munícipe que ao pessoa vai ser exumada e tem 30 dias para se apresentar. Fora isso, sai no Diário Oficial também", explica a secretária Loredana Glasser. A mãe nega que tenha recebido qualquer tipo de comunicado.

Sobre os demais problemas, a Prefeitura alega que falta efetivo da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para fazer a segurança da necrópole, mas garante que a limpeza do local é feita todos os dias, no fim da tarde. Em relação às ossadas a céu aberto, afirmou que vai abrir uma sindicândia para apurar as responsabilidades.

Conforme apurou a reportagem, os serviços de lanchonete e de coroa de flores do cemitério também estão “temporariamente” suspensos. Neste caso, a administração municipal não apontou os motivos.

Fonte: G1

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