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quinta-feira, 29 de março de 2018

Projeto reforça gestão de riscos climáticos

Ameaçado por eventos extremos como as enchentes e o aumento do nível do mar, o litoral de Santos (SP) será o piloto de um projeto do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a adaptação à mudança do clima. Uma parceria com o município paulista apoiará ações para reduzir e evitar os perigos associados à questão climática na cidade. Nesta semana, equipe do MMA visitou a região para verificar a situação local.


O objetivo é estimular a resiliência climática em todo o país, por meio do projeto de Apoio ao Brasil na Implementação da Agenda Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (ProAdapta), financiado pelo governo alemão. Além de Santos, outras regiões do país serão contempladas pela iniciativa, que considera o estabelecimento de ações em nível local, além de sensibilizar o setor privado e sociedade civil na busca de soluções.

A escolha de Santos para a primeira etapa do projeto decorre da vulnerabilidade da região. Quando chove forte, por exemplo, os canais que cortam a cidade transbordam e inundam as ruas. Associado às tempestades e aos ventos fortes, o aumento do nível do mar na região costeira pode, ainda, trazer danos para as infraestruturas urbanas e causar prejuízos econômicos na área onde está o principal porto do país.

Com os impactos tão presentes, a prefeitura santista já tem um plano para lidar com a mudança do clima. De acordo com a coordenadora-geral de Ações em Mudança do Clima do MMA, Celina Xavier, a produção de dados por parte do município demonstra o engajamento local com a agenda. “Santos pode ser um grande polo para disseminar essa experiência”, acrescenta a especialista em políticas públicas do MMA. Nelcilandia Pereira de Oliveira Kamber.

CAPACIDADE

Na reunião em Santos, foram definidos os primeiros passos do planejamento dos trabalhos. A equipe do MMA e da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) visitou a região conhecida como Ponta da Praia, onde são instalados equipamentos para minimizar os impactos da ressaca do mar, o que demonstra que o município está empenhado em fortalecer sua capacidade de adaptação.

Essas medidas têm o potencial de evitar prejuízos econômicos e sociais. No caso de Santos, a análise de vulnerabilidades já realizada pelo município evidencia que, em um dos pontos da cidade, os danos econômicos podem chegar a R$ 1 bilhão de reais, apenas no setor imobiliário. De acordo com o estudo, os danos podem ser evitados com um investimento de R$ 36 milhões de reais.

IMPACTOS

A intensificação de eventos extremos no Brasil é apontada pelo Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima (PNA). Em algumas regiões do país, chuvas extremas provocaram deslizamentos e inundações. Em outras, períodos de seca severa comprometeram o abastecimento de água, a produção agrícola e a geração de energia. Os efeitos adversos da mudança do clima impactam, assim, os sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura.

Os municípios têm enfrentado as consequências do rápido processo de urbanização ocorrido no país nos últimos 50 anos. Nesse processo, Nelcilandia destaca os desafios impostos aos gestores públicos e a necessidade de cooperação entre todas as esferas. “Os impactos acontecem no território e precisam de soluções locais, com ampla participação e conscientização da sociedade”, explica.

O PROJETO

Com valor de 5 milhões de euros, o projeto é viabilizado a partir de um aporte financeiro assinado em junho de 2017. O ProAdapta tem o objetivo de contribuir para aumentar a resiliência no Brasil em um prazo de cinco anos, a contar de 2017. A iniciativa considera os riscos climáticos em políticas nas esferas federal, estadual e municipal com o intuito de estabelecer ações em nível local.

Fonte: MMA

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