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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Impactos no turismo


O Fórum Econômico Mundial, realizado na cidade de Davos, Suíça, publicou no Relatório de Competitividade do Turismo 2013 o grau de competitividade do setor turístico em 140 países, mostrando a geração de U$6 trilhões de renda na economia mundial, em 2012, e mais 120 milhões de empregos diretos. O Índice de Competitividade no Turismo é parte de uma ferramenta estratégica que mede fatores e políticas de incentivo ao desenvolvimento do turismo, colocada à disposição dos gestores públicos para incrementar a competitividade dos seus destinos; e dos investidores, apontando os melhores destinos para aporte de recursos.

O relatório mostra que, em 2011, o Brasil ocupava a 52ª posição entre os países pesquisados e, em 2012, subiu apenas um ponto, para a 51ª posição, revelando os tímidos esforços nacionais para implementação de políticas públicas de turismo diante do imenso potencial do país. Entre os 14 pilares estratégicos definidos pelo estudo, o Brasil foi destacado na 1ª posição no pilar “Recursos Naturais”, fator nacional que mais atrai a atenção de turistas e investidores.

A Bahia, berço da civilização do país destacado internacionalmente como “numero um” em recursos naturais, rasga o relatório do Fórum Econômico Mundial quando permite que seja instalado nas águas centrais da Baía de Todos os Santos (BTS) – maior patrimônio natural turístico do estado da Bahia – o terminal de regaseificação da Petrobrás, mantendo, sem discussão de locais alternativos, o fluxo de navios-tanques, flutuando e contaminando a área e a paisagem, o que é claramente vedado pela Lei 9.985 (Art. 4o, VI – proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cênica).

A reconhecida importância estratégica da instalação do terminal de regaseificação na BTS não está aqui contestada, contudo, a escolha do local citado, impróprio, indevido e ilegal, atendendo primeiro aos critérios da Petrobrás, precisa ser repudiado pelos cidadãos e pelas autoridades da área. Do jeito que está, com autorizações reiteradas e compensações frouxas, revela governanças inconsistentes, produzindo prejuízos. Perdemos todos.

Motivos como este fazem o Brasil – observado por investidores externos – desabar no relatório de Davos para a 30ª posição no critério “Sustentabilidade Ambiental”, perdendo investimentos, turistas, rendas e possibilidade de geração de empregos e melhoria da qualidade de vida da sua gente.

Como a indústria do turismo valoriza de forma especial o sonho, a beleza, o bem estar e a imagem, é oportuno lembrar que a bandeira da Petrobrás, ostentando a sua logomarca avaliada em R$19,7 bilhões, flutuará no terminal central de gás da BTS, marcando a ferida aberta no maior patrimônio turístico da Bahia, submetida a analises de tendências e comentários da imprensa livre e especializada, e poderá aparecer em futuros relatórios de Davos como exemplo do que não deve ser feito. A mesma técnica de “branding” que mede o valor da marca da Petrobrás pode ser usada para medir o valor da marca BTS. Quanto será que vale a marca Baia de Todos os Santos?

Fonte: Mercado Ético

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