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quarta-feira, 17 de julho de 2013

Quem fica com a batata quente?

Ativistas protestam contra depósito de lixo nuclear em Gorleben.
Depois do desastre com as usinas atômicas de Fukushima, no Japão, a Alemanha sofreu uma forte chacoalhada em relação à sua energia nuclear. Ao contrário de nações como Brasil, China, EUA e Paquistão, o país decidiu desligar todos os seus reatores até 2022. De acordo com a meta da chanceler Angela Merkel, até 2050, 80% da energia produzida em território alemão deve ser de fontes renováveis, como a solar, a eólica e a biomassa.

Porém, nem tudo são flores no caminho para uma nova matriz energética. O problema mora justamente na decisão sobre o que fazer com o lixo atômico já existente e o que ainda será gerado até 2022. Para se ter uma ideia de volume, de acordo com o Greenpeace alemão, em 2030, o país terá que lidar com cerca de 29 mil metros cúbicos de resíduos nucleares altamente radioativos.

Até então, o armazenamento provisório do lixo atômico é feito em áreas próximas aos reatores e em cavernas de antigas minas de sal em Gorleben, na Baixa Saxônia. Pesquisas apontam para a fragilidade na segurança desses depósitos e muitas organizações alegam que os governos vêm, ano após ano, ignorando esse grande risco.

O debate, que na verdade é antigo – algo como três décadas –, está a cada dia mais quente por aqui. Há uma disputa política séria sobre o local adequado para o depósito definitivo do lixo nuclear. O tema é quase que diariamente pauta dos veículos de comunicação. A postura “na frente da minha porta não!” além do custo da construção de um depósito definitivo são os principais pontos de conflito entre os estados, governo federal e empresas responsáveis pela geração desse tipo de energia.

Mais um passo

No início de julho, foi aprovada uma lei para a busca e seleção de um local para a destinação de resíduos radioativos. O fato foi comemorado em especial por parlamentares do partido verde e, apesar de cautela, também por algumas organizações ambientalistas. Ficou determinado que o processo de busca desse local será feito em diferentes fases e por uma comissão de 33 membros, composta por oito representantes de todas as facções do Bundestag (Parlamento alemão), oito representantes da academia, bem como dois representantes de comunidades religiosas, ONGs ambientais e sindicatos e setor empresarial.

A Comissão tem até o final de 2015 para apresentar os princípios da seleção do local – tais como requisitos econômicos e de segurança – que serão realizadas em público a fim de garantir o máximo de transparência no processo. Além disso, o pagamento dessa operação será provenientes de uma taxa específica a ser cobrada das empresas de energia nuclear.

Com quem vai ficar essa batata quente? Cenas dos próximos capítulos…

Fonte: Mercado Ético

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