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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Quentes decisões “eco-nômicas”

O mundo reúne-se em Varsóvia, na Polônia, a partir de hoje (11/11), na 19ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-19), para discutir mudanças no ordenamento financeiro internacional e impulsionar a economia de baixo carbono.


A velocidade do crescimento impacta a todos. Em 1804, atingimos o primeiro bilhão de seres humanos. Cento e trinta anos depois, em 1930, atingimos o segundo bilhão e aí explodimos como espécie. Em apenas oito décadas acrescentamos ao planeta mais 5 bilhões de novos habitantes/consumidores.

O último relatório do IPCC afirma que a emissão dos gases de efeito estufa, causadas pelo homem, contribuíram para o aquecimento global. O aumento das temperaturas é evidente em cada uma das últimas três décadas, sucessivamente mais quentes, com a elevação média da temperatura da Terra de 0,5 a 1,3 graus celsius, entre 1951 e 2010.

Uma das propostas é um indicador para que cada país possa fazer - pareado com o PIB – a contabilidade nacional das emissões.

Em 1900, cerca de 150 milhões de pessoas moravam em cidades. Em 2000, eram 2,8 bilhões. Desde 2008, mais da metade da população da Terra vive amontoada em cidades, fazendo dos humanos uma “espécie urbana”,imobilizada. No Brasil já somos 84% urbanos e, segundo o IBGE, seremos 90% urbanos em 2020.

A civilização humana encontrou-se, pela primeira vez na história, durante a Eco 92 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – no Rio de Janeiro. Até então, nunca tínhamos nos reunido como civilização para discutir o estado do mundo e avaliar o crescimento possível. Na Eco 92, o conceito de “Desenvolvimento Sustentável” como senso comum foi adotado.Entre a Eco 92 e a Rio+20, em apenas duas décadas, acrescentamos mais 1,6 bilhão de novos habitantes/consumidores e mais 50 trilhões de dólares em PIB, ao planeta. Como civilização, continuamos a crescer a um ritmo acelerado de 80 milhões de novos habitantes por ano, pressionando os sistemas naturais que sustentam a “eco-nomia”.

Hoje o capital financeiro mundial ainda é negociado nas bolsas de valores sem filtros ou regulação de carbono, estimulando o “fluxo

livre” de CO2 na economia global. Na visão “eco-nômica” da crise climática, ações ou cotas de participação em uma companhia são mecanismos para impulsionar ou frear emissões de gases de efeito estufa e o acionista solidariamente responsável.

Nas próximas duas décadas 3 bilhões a mais de pessoas entrarão na classe média mundial exigindo um novo paradigma de produção e consumo e mudanças nas políticas correntes de mitigação dos efeitos da crise climática sobre a economia. A produtividade terá que abraçar o conceito de uso eficiente dos recursos naturais.

Agências, atentas, já monitoram resultados da sustentabilidade. Assim como graduam a capacidade de uma empresa ou de um país de cumprir compromissos financeiros, dando notas e influenciando mercados; Standard & Poors e Dow Jones, sintonizadas com a realidade corrente, já disponibilizam indicadores como os S&P Dow Jones Indices - esquentando decisões.

* Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute. eduathayde@gmail.com

Fonte: Mercado Ético

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