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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Mortandade de 40t de peixes no rio Tietê gera multa de mais de R$ 200 mil

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgou nesta quarta-feira (22) o relatório com as causas da grande mortandade de peixes no Rio Tietê, em Salto (SP), no fim do ano passado. Na época, as águas do rio ficaram pretas, um fenômeno provocado pela movimentação de resíduos no fundo do rio, provocado pelas chuvas.

O documento divulgado pelo órgão aponta responsabilidades da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), órgãos do Estado de São Paulo. Ambas foram multadas em 10 mil UFESPs, o que equivale a aproximadamente R$ 210 mil.

As empresas foram notificadas na semana passada e têm 30 dias para se posicionarem. Ao Daee, a Cetesb ainda solicita a criação de um plano de desassoreamento para remover resíduos das barragens de Pirapora e Rasgão, localizadas na cidade de Pirapora do Bom Jesus, já que o órgão não descarta que o fenômeno da água preta volte a ocorrer caso a limpeza da barragem não seja feita.

Em novembro do ano passado, internautas enviaram fotos e vídeos mostrando que a água no trecho do rio Tietê em Salto estava preta. Segundo a internauta Rafaela Paes, moradora da região, o susto foi grande. “A água estava parecendo piche, asfalto derretido. Muito feia a situação”, conta.

Segundo ambientalistas, o rio ficou com cor escura durante o dia e à tarde em um trecho de 100 km. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente da cidade, sinal de que a qualidade da água havia melhorado. A “cachoeira preta” provocou a morte de 40 toneladas de peixes, que foram retirados do córrego do Ajudante, um afluente que deságua no rio Tietê.

Megalimpeza – O trecho do rio Tietê que atravessa a cidade de Salto (SP) passava por uma grande operação de limpeza há um ano. Equipes da prefeitura e da limpeza pública se organizaram para promover uma ação histórica que retirou 18 toneladas de lixo do rio – 12 toneladas apenas na região do complexo da cachoeira, que compreende o memorial, ponto turístico da cidade.

Apesar do cenário atual ser bem diferente, uma nova operação está sendo promovida no trecho com os mesmos coletores do ano passado. Em 2014, a primeira fase do trabalho durou duas semanas e depois seguiu para o Parque de Lavras, onde também havia muito lixo. Até agora, já foram retiradas três toneladas de resíduos como plástico, madeira e garrafas pet.

Nesta quarta-feira (22), a frente de trabalho, organizada pela prefeitura da cidade, continua no Complexo da Cachoeira, embaixo da ponte Pênsil e perto da Ilha dos Amores.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, José de Conti Neto, o trecho do o rio Tietê está, atualmente, com mais ou menos 60 m³ por segundo de vazão. As comportas foram fechadas e ainda existe um pouco de água no local, mas nada que comprometa o trabalho. Nesta mesma época, no ano passado, a vazão estava entre 35/40 m³ por segundo, por causa da estiagem atípica que foi registrada na época.

Ainda de acordo com o secretário, a preocupação é que, com as chuvas, a sujeira que está concentrada no trecho do rio em Pirapora do Bom Jesus desça para Salto. “O risco disso acontecer é considerável”, explica Conti Neto.

Soluções – Em nota a Sabesp informa que desde 1993 executa o Projeto Tietê, que já reduziu em 459 km (-86,6%) a mancha de poluição no Rio Tietê. Paralelamente, a companhia vem ampliando o sistema de coleta e tratamento de esgoto, hoje em 87% e 67% respectivamente. Além da coleta e tratamento de esgoto, o combate à poluição difusa, de responsabilidade das prefeituras, e o controle do despejo de fósforo e nitrato em produtos de limpeza e higiene são essenciais para evitar a formação da espuma.

De acordo com a prefeitura de Pirapora do Bom Jesus, as espumas se formam pela carga poluidora que não são produzidas em Pirapora, que possui inclusive ETE – Estação de tratamento de esgotos, não cabendo o ônus que são impostos em relação aos efeitos da poluição.

Além disso, existe uma cobrança para que a Sabesp e a Cetesb dêem uma solução para a poluição que atinge o Rio Tietê. Ao mesmo tempo, a prefeitura afirma que sabe que o Governo do Estado tem o compromisso de reduzir essa mancha de poluição nos próximos cinco anos. Por enquanto, não há previsão de nenhuma ação de limpeza local do Rio.

Fonte: G1

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