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quarta-feira, 17 de abril de 2013

Parlamento europeu rejeita subir preço das emissões de CO2

O Parlamento europeu rejeitou nesta terça-feira (16) uma medida para aumentar nos próximos anos o preço das cotas de emissão de CO2 na UE (União Europeia). Foram 334 votos contrários, 315 a favor e 63 abstenções para a proposta que iria duplicar o preço de CO2 no mercado europeu, prejudicando as grandes indústrias afetadas pela crise econômica.


A comissária europeia de Ação pelo Clima, Connie Hedegaard, propôs bloquear 900 milhões de toneladas de cotas de emissões de CO2 das 8,5 bilhões que seriam leiloadas durante o período 2013-2020, forçando uma escalada de preço.

O mercado de cotas de emissão de CO2 é um dos principais instrumentos para lutar contra as mudanças climáticas na Europa, mas a queda do valor diminui sua eficácia. O preço da tonelada custa agora menos de 5 euros (cerca de R$ 13), contra os 10 euros de um ano atrás (R$ 26).

A UE estabeleceu três objetivos para 2020: reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 20% com relação aos níveis de 1990, entre eles a de CO2; elevar em 20% as energias renováveis e economizar 20% em seu consumo de energia. Além disso, se comprometeu a aumentar os esforços de redução para 40% em 2030 e para 60% em 2040.

Fontes afirmaram à AFP que a rejeição iria privar a UE de uma importante fonte de financiamento para investimentos em energias renováveis.

Luta contra aquecimento global – Na última sexta-feira (12), seis países pediram em carta aberta que os deputados da UE fossem favoráveis ao projeto para “salvar oito anos de luta contra o aquecimento global”. “Precisamos de um gesto eficaz sobre os preços se não quisermos pôr em risco nossos objetivos de longo prazo”, dizia o comunicado.

A mobilização dos ministros de Meio Ambiente da França, da Alemanha, da Inglaterra, da Suécia, da Dinamarca e da Itália era uma resposta à palavra de ordem lançada pelo Partido Popular Europeu. A legenda de direita representa um terço dos 754 deputados e é considerada a primeira força do Parlamento Europeu.

“Estamos decididos a rejeitar esta proposta, e este voto é importante”, anunciou a finlandesa Eija Ritta Korhola, do PPE, que foi apoiada pelo ministro polonês do Meio Ambiente, Marcin Korolec.

Fonte: UOL

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