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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Para sucesso do acordo climático de 2015, metas domésticas devem ser adotadas agora, defende organização

Um novo relatório da Global Legislators Organisation (GLOBE), uma entidade formada por representantes dos Parlamentos de 70 países e que busca achar soluções legislativas para as mudanças climáticas e para o desenvolvimento sustentável, argumenta que o ideal seria que as metas climáticas nacionais fossem postas em prática antes do que a assinatura de um acordo internacional.

“Não consigo ver um acordo relevante em 2015 a menos que mais países sigam o caminho legislativo interno, para que aqueles com poder de decisão tenham noção da necessidade de que é preciso que o tratado seja ambicioso”, explicou Adam Matthews, secretário geral da GLOBE e autor do relatório.

O documenta alerta que o acordo internacional pode ficar fraco demais por pressão de países que não querem metas nacionais.

“É crescente o reconhecimento de que um acordo internacional ambicioso será impossível de ser alcançado se for elaborado de cima para baixo. Os governos deveriam desde já engajar seus parlamentares na causa climática e preparar metas domésticas que possam ser apresentadas até 2015”, afirma Matthews.

O relatório analisa 11 legislações climáticas nacionais, e sem surpresas descobre que os países que possuem metas mais ambiciosas são os que defendem que o acordo internacional seja forte.

Por exemplo, nações como México e Coreia do Sul apresentam legislações climáticas abrangentes e sempre argumentam por metas significativas nas negociações internacionais. Já Estados Unidos e Canadá, que ainda engatinham em termos de ações climáticas domésticas, costumam agir como âncoras nas negociações.

“As lições de Copenhague [COP15] e do Rio [RIO+20] são claras, esses encontros internacionais vistosos não conseguem atingir o nível de ambição requerido. O que defendemos é que os países devem agir domesticamente primeiro, de forma a dar condições para que o acordo climático internacional seja realmente o que precisamos que seja”, concluiu Matthews.

Fonte: Mercado Ético

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