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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Móveis de papelão ganham cada vez mais mercado e devem virar tendência

Quando a produtora de moda Daniela Bueno viajou para a Europa há dez anos e se deparou com uma estante de papelão, ela não teve dúvida: “Desde aquele dia, fiquei com aquilo na cabeça e comecei a pesquisar sobre as possibilidades do uso do material, da matéria-prima no Brasil”, relatou ao portal PME Estadão.
A empresa 100t, criada por Daniela em sociedade com Marcello Cersosim, vende móveis feitos de papelão e lançou recentemente a linha 100t Verde, em parceria com a designer de flores Rita Segreto. O novo projeto tem a intenção de fazer com que os móveis funcionem como um jardim suspenso, onde são usadas plantas específicas e o papelão passa por um processo de impermeabilização. Os móveis, como poltronas e mesas, são entregues com as plantas e os preços variam de R$ 400 a R$ 1,5 mil.

Em 2012 a empresa faturou R$ 800 mil e espera fechar 2013 com R$ 1,2 milhão. Atualmente, as vendas para outras empresas representam 80% do faturamento, mas Daniela aponta um crescimento gradativo da demanda de consumidores.

Os negócios ligados à sustentabilidade estão na lista de tendências no mundo do empreendedorismo. Por enquanto, a parcela da população disposta a pagar a mais por um produto ou serviço sustentável ainda é pequena, mas a expectativa é de crescimento. “A questão da educação ambiental está sendo implantada nas escolas. Os alunos começam a ter um olhar diferente e eles serão os consumidores do futuro”, afirma a consultora do Sebrae-SP, Dorli Martins.

Papelão multifuncional

O papelão também é o principal atrativo de um restaurante em Taiwan. O Carton King Creativity utiliza pratos, copos, cadeiras, mesas e paredes decorativas de papelão. O objetivo do espaço é passar uma compreensão sobre criatividade e uma mensagem ambiental.

Para quem pretende acompanhar essa tendência sustentável, a consultora do Sebrae-SP recomenda transparência e veracidade. Isso porque se a empresa aposta no marketing verde (greenwashing), mas o que ela divulga não acompanha o que ela realmente pratica, o empresário corre um grande risco de arruinar seu negócio. “As irregularidades estão sendo descobertas com mais rapidez, especialmente com as redes sociais”, afirma Dorli. Outro cuidado é com os fornecedores. É preciso prestar atenção na matéria-prima fornecida e na mão de obra utilizada.

Fonte: Mercado Ético

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